Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgados nesta última semana, indicam o Acre na terceira colocação no ranque do desmatamento na Amazônia Legal. No mesmo documento, os dados mostram que o estado apresentou uma redução de 12% no desmatamento no mês de agosto de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo não sendo uma fonte considerada oficial, a redução demonstra que as ações adotadas pelo governo do Estado têm sido fundamentais para conter o avanço do desmatamento.
De acordo com Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Deter/Inpe), órgão oficial de promoção de informação de dados sobre desmatamento, o Acre teve uma redução da extensão de alertas de desmatamento de 35,3% no mês de agosto em relação a 2020. As ações de fiscalização e combate a crimes ambientais, com foco principalmente ao desmatamento ilegal e queimadas, continuam sendo realizadas em todo o estado.
A diretora executiva da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Ambientais (Semapi), Vera Reis Brown, explicou que os dados de desmatamento devem ser analisados com critério. “É um assunto complexo que exige a adoção de metodologia que permita comparação dos dados ao longo da série histórica. No entanto, as informações geradas pelo Imazon, MapBiomas, entre outras, têm sido fundamentais na complementação dos dados gerados pelo Inpe e pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental, o Cigma”.
A diretora da Semapi destacou ainda que o uso da base do Cadastro Ambiental Rural (CAR) tem facilitado sobremaneira as ações de comando e controle. “Mesmo com esse resultado divulgado pelo Imazon, avaliamos que os esforços nas ações do governo têm sido de grande importância para conter o avanço do desmatamento, especialmente nas unidades de conservação [UCs] estaduais”.
O governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), continua articulando as missões integradas de Meio Ambiente para coibir os crimes ambientais, especialmente as invasões de terras públicas na região do sul do Amazonas e também na fronteira com o estado de Rondônia.
O monitoramento e as ações de comando e controle foram triplicados neste ano de 2021. As equipes estão em campo auxiliadas pela tecnologia do Cigma, com mapas detalhados para facilitar a fiscalização, com os alertas do Deter/Inpe e do MapBiomas, além de drones, dois helicópteros e avião.
Mediante a articulação da Semapi, que preside o Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente, várias instituições vêm atuando nas missões, entre elas o Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (BPA/PMAC), a Polícia Civil, o Instituto de Meio Ambiente (Imac), o Exército Brasileiro, a Força Nacional e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).