O mês do Setembro Amarelo se volta para a conscientização e prevenção do suicídio, por isso, na manhã de quarta-feira, 22, a Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres do Acre (SEASDHM) promoveu um evento para seus servidores, repleto de solidariedade, promoção de autoestima e respeito.
O diretor de Assistência Social da secretaria, João Mascarenhas, iniciou a cerimônia, ressaltando a data, que é significativa em nível social: “Este é um momento de refletir sobre a vida e o bem viver, de pensar sobre um assunto delicado, mas importante, realizando rodas de conversa com o intuito de conscientizar e prevenir. O suicídio é uma realidade que pode ser evitada”.
Em seguida, a secretária da SEASDHM, Ana Paula Lima, elogiou o ambiente preparado pelas servidoras e a presença de todos: “Esta é uma ocasião importante de ser realizada para trazer luz a um importante tema presente no dia a dia. As questões mentais precisam ser analisadas, cuidadas e necessitam de nossa total atenção. Estamos aqui para conversar, olhar para si e para o outro, num exercício de empatia”.
A secretária prosseguiu: “Na sociedade, muitas vezes vemos preconceitos que minimizam os problemas relacionados à saúde mental. É preciso atenção ao próximo e sermos gratos pela nossa vida, celebrar as vitórias e superar as derrotas”.
Dados levantados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, no Brasil, cerca de 12 mil pessoas tiram a própria vida por ano, quase 6% da população, o que evidencia um grave problema de saúde pública. A OMS também afirma que o suicídio tem prevenção em 90% dos casos.
Após uma escuta da música “O que é, o que é” do músico Gonzaguinha, o diretor de Direitos Humanos, André Crespo, expressou a alegria de poder reunir toda a secretaria e socializar o tema: “A vida é composta de momentos bons e ruins, mas a questão é como lidamos nessas circunstâncias. Temos um trabalho árduo e é essencial valorizar a importância das pessoas”.
O diretor continuou sua fala lembrando a importância da SEASDHM, que trabalha de forma sensível, buscando garantir o direito dos idosos, das mulheres, dos imigrantes e dos jovens: “Precisamos ir aonde as mazelas estão, munidos de um olhar sensível, aonde ninguém vai e continuar construindo políticas públicas eficazes. É preciso se dispor a ser um agente do bem, promover a paz e o bom convívio ao próximo”.
O evento foi finalizado com uma palestra da psicóloga Christiane Penna, representando a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). Ela aponta o objetivo do mês, que é conscientizar sobre suicídio e saúde mental, assuntos que ainda são desconcertantes para a sociedade e que devem ser levados para além do mês de setembro.
Christiane também assinalou a importância de se promover a circulação de informações sobre o assunto, com todo o cuidado e acolhimento: “Isso é mais presente na nossa vida do que parece; a pandemia foi um momento em que muitas pessoas tiveram que lidar diretamente com suas questões psicológicas”.
A psicóloga disse ser essencial o apoio familiar junto do auxílio de profissionais e recomendou alguns serviços que podem ser acessados na busca de tratamento psicológico como o Sistema Único de Saúde (SUS), que conta com importantes políticas de saúde. As unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Básicas de Saúde (UBS) são instituições que podem ser visitadas na busca de um encaminhamento inicial.
O Centro de Valorização à Vida (CVV) é outra entidade de ajuda, que oferece apoio emocional e de prevenção ao suicídio, atendendo de maneira gratuita todas as pessoas que buscam uma conversa, sob total sigilo, atendendo por telefone, pelo número 188, e-mail e chat 24 horas por dia, todos os dias.