O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), iniciou nesta quarta-feira, 24, a oficina participativa para planejamento estratégico da Área de Proteção Ambienta (APA) Lago do Amapá, em Rio Branco.
O evento, que se estende até esta quinta-feira, 25, está sendo realizado na Igreja da comunidade, na Estrada do Amapá, Km 5, Ramal Santa Helena. Membros do conselho consultivo da unidade de conservação, instituições parceiras e moradores participam da atividade.
A ação conta com apoio do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (Psam), uma iniciativa financiada pelo GEF (Global Environment Facility) e é parte do Amazon Sustainable Landscapes (ASL), um programa regional voltado especificamente para a Amazônia, envolvendo Brasil, Colômbia e Peru.
Durante os dois dias de encontro os envolvidos vão buscar definir o propósito da APA, abordando também temas relativos a recursos e valores fundamentais, além de tratar sobre os programas de gestão para a consolidação da unidade.
O secretário de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas, Israel Milani, destacou a importância do caráter plural das atividades. “Em todas as oficinas realizadas temos a participação dos moradores, de representantes de instituições parceiras e essa construção conjunta enriquece o processo”, comentou Israel.
De acordo com a gestora da APA, Mirna Caniso, após 10 anos da aprovação do plano de gestão APA Lago do Amapá, em 2020, a Semapi, o conselho consultivo da unidade de conservação, instituições parceiras e moradores, iniciaram a avaliação do grau de implementação dos programas contidos no plano de gestão e as necessidades impostas frente ao contexto socioeconômico atual.
“O passo seguinte foi a realização de diagnóstico dos meios biótico, físico e socioeconômico da APA que contribuiu para ampliar o conhecimento sobre a área. Em 2021, um novo zoneamento, adequado ao uso atual do solo e em consonância com a nova metodologia adotada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), foi definido em oficina participativa. Agora é a hora do planejamento estratégico”, explicou Mirna.
“A oficina nos permitiu o conhecimento das potencialidades e belezas da APA, tanto para o ecoturismo como para a melhoria da comunidade gerando trabalho e renda, garantindo a manutenção da biodiversidade. Participar dessa oficina e poder contribuir para a manutenção da APA e melhoria da qualidade de vida da comunidade é muito gratificante e uma grande responsabilidade”, disse a representante da Secretaria Municipal de Saúde no Conselho gestor da APA, Lucia Monteiro Dias Gomes.
O morador da APA Lago do Amapá, Luciano Alves Dias, parabenizou a equipe pela qualidade das oficinas. “Os limites da APA eram pouco conhecidos e a partir da oficina passamos a conhecer as zonas, o que podemos ou não fazer nas nossas propriedades. Foi bastante esclarecedora e participativa, com material didático de qualidade”, comentou.