Os números comprovam que o Acre enfrenta um novo aumento no número de casos de covid-19. Somente nas últimas 24 horas, foram registrados 449 testes positivos para a doença. Diante do cenário que inspira atenção, o governador Gladson Cameli convocou a imprensa nesta terça-feira, 18, para falar das novas medidas adotadas pelo Estado para conter o avanço do vírus, bem como do reforço na estrutura pública hospitalar.
O gestor voltou a defender a vacinação como principal meio para que uma das grandes pandemias enfrentadas pela humanidade seja superada de uma vez por todas. Cameli fez um apelo aos não vacinados durante entrevista coletiva concedida no salão nobre do Palácio Rio Branco, na capital.
“Espero que as pessoas se sensibilizem e se vacinem o quanto antes. Vou continuar defendendo a ciência e trabalhando para salvar a vida das pessoas. Precisamos nos conscientizar do momento que estamos passando e pensar no coletivo. Só venceremos a covid-19 quando entendermos isso e fizermos o nosso papel como cidadãos”, afirmou.
Com dois hospitais de campanha de estrutura permanente em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, o governador acreano confirmou a reabertura de mais dez leitos de enfermaria no Into e contratação emergencial de mais profissionais para atuarem na linha de frente.
Gladson falou ainda sobre a possibilidade de o Estado decretar novamente situação de emergência em decorrência do novo surto. “A expectativa é que o decreto seja publicado nos próximos dias, já que precisaremos contratar novos profissionais e aumentar o número de leitos, tendo em vista a atual situação do Into e demais hospitais”, explicou.
Prognósticos indicam que o Acre enfrentará o pico no número de casos na segunda quinzena de fevereiro. Por conta disso, Gladson Cameli decidiu-se pelo cancelamento das festividades do Carnaval e confirmou a regressão para a Bandeira Amarela em todas as regionais do estado. Com mais medidas restritivas em vigor, o objetivo do governo é evitar aglomerações e, consequentemente, a disseminação do novo coronavírus.
A secretária de Estado de Saúde, Paula Mariano, também reafirmou a necessidade da imunização para evitar o desenvolvimento de casos graves da doença. De acordo com a gestora, a maioria dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) não possui o ciclo completo de vacinação.
“Dos quatro pacientes internados em UTI no Into, nenhum tem o esquema vacinal completo. Alguns não possuem nenhuma vacina. Infelizmente, esses são os casos mais graves, que estão sendo intubados, com possibilidade até de irem a óbito”, pontuou.