Empresário brasileiro de sucesso na Europa, Fábio Ferreira se especializou na distribuição de café de nobres procedências para o Reino Unido e outros países europeus. A sua empresa abastece uma das maiores redes de lojas de departamentos da Inglaterra, a Selfridges.
Visando fortalecer a produção de café no Acre, o governador Gladson Cameli teve um encontro com o empresário. Os dois debateram alternativas para garantir a qualidade da cafeicultura no estado visando a abertura de mercados no exterior.
“O nosso governo quer oferecer as condições necessárias para o nosso café ser consumido no Reino Unido e em outros países. O Fábio deverá visitar o Acre em agosto próximo para avaliar a qualidade da nossa produção. Ele vai conversar com os nossos produtores de Mâncio Lima e Acrelândia para viabilizar parcerias comerciais internacionais para o nosso café”, disse o governador.
Segundo Gladson, a confirmação da qualidade do café acreano poderá abrir portas para um aumento substantivo na produção, com um maior incentivo do governo.
“Em tempos passados, o Acre já produziu muito café. Agora, estamos verificando o desejo dos nossos agricultores de expandirem essa cultura. Esse empresário de Londres já avaliou positivamente o café de Rondônia que tem a mesma origem que o nosso. Tenho certeza que por meio de investimentos e parcerias a cafeicultura acreana poderá dar um salto nos próximos anos, gerando mais empregos à nossa população”, argumentou Cameli.
Café da Amazônia
O empresário Fábio Ferreira, que compra café de várias partes do mundo, explicou que o sistema de produção é importante para o consumidor final que quer um produto diferenciado.
“Nós anexamos fotos dos agricultores da África e da Ásia produzindo o café. No caso do Acre se essas lavouras chegarem às aldeias indígenas teremos uma mensagem de sustentabilidade para passarmos para os nossos clientes. Também poderemos mostrar que o café do Acre não depende de desmatamento para ser produzido. Isso é muito importante”, revelou Fábio.
Segundo ele, a produção do café oriunda de novas denominações geopolíticas sempre é um atrativo.
“Nesse sentido, a Amazônia desperta a atenção dos consumidores se o produto for realmente sustentável. Poderemos ter um café especial com nível de exportação. Conhecendo a genética da cafeicultura de Rondônia e sabendo que o Acre tem condições similares, estou otimista em relação à qualidade do produto”, concluiu o empresário.