Ao longo desta semana, técnicos e agrônomos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) estão no Juruá executando novas medidas adotadas pelo governo do Acre para combater a monilíase, doença causada pelo fungo Moniliophthora roreri, que afeta pomares de cacau e cupuaçu.
São palestras ministradas pelo Instituto, com a colaboração de agrônomos da Bahia, Pará, Espírito Santo e de Rondônia, para alunos da Universidade Federal do Acre (Ufac) e produtores rurais. Um total de 80 pessoas recebem orientações teóricas e práticas sobre as estratégias usadas pelo governo para erradicar a praga.
Além disso, o Estado enviou outras duas equipes de especialistas para reforçar as ações de erradicação da doença, em andamento na região.
Acompanhando de perto a atuação das equipes em Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, municípios onde foram registrados os primeiros focos da doença no Brasil, o diretor-presidente do Idaf, José Francisco Thum, reforça que o apoio da população é determinante para o sucesso da força-tarefa.
“O trabalho que vem sendo feito não é para prejudicar ninguém, mas sim para resguardar produtos do Juruá. A gente solicita aos moradores que nos ajudem, pois o nosso governo não tem medido esforços para eliminar o problema, que pode trazer danos inimagináveis à economia local e, consequentemente, à população. Aproveito e convido outros interessados a participarem dos cursos. Quanto mais disseminação das informações, maior será o êxito das operações”, conclamou o gestor.
Há quase um ano, Estado atua para combater a praga
Após o dia 8 de julho de 2021, data de notificação dos primeiros focos do fungo em terras brasileiras, o Acre adota iniciativas para eliminar a monilíase. A declaração do estado de emergência fitossanitária, a criação de barreiras sanitárias, os treinamentos de agentes de saúde e a realização de um dia de combate à doença têm orientado a população a como intervir diante de possíveis casos.
Thum alerta a região para as formas de contágio, sobretudo na rota de contaminação, que fica no trecho que liga Cruzeiro do Sul a Mâncio Lima. “É uma doença que se propaga pelo ar ou por itens como roupas ou sacarias”, informou.
Até o momento não há registros de outras propriedades do Acre com casos da doença.