A campanha contra a poliomielite teve seu encerramento no último dia 30, entretanto, a vacina continuará disponível aos usuários nas unidades básicas de saúde (UBS) de todo o país. No Acre, cerca de 16 mil crianças, com idades entre 1 e 4 anos, receberam as doses do imunizante, correspondendo a apenas 24% do público estimado.
De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Acre (PNI), Renata Quiles, uma das razões para a baixa cobertura vacinal é a falta de adesão por parte dos pais. “A vacina é uma gotinha, ou seja, indolor, então esse não pode ser o motivo. Ofertamos aos fins de semana e período noturno, a ação foi bem divulgada, então não há justificativa para a falta de procura”, esclareceu.
Dados do PNI mostram que entre os municípios com a menor taxa de vacinação estão Cruzeiro do Sul (6,09%), Rio Branco (8,53%) e Rodrigues Alves (10,22%). Com maior adesão, figuram Plácido de Castro (93,64%), Marechal Thaumaturgo (87,68%) e Santa Rosa do Purus (85,24%).
Poliomielite
Segundo o Ministério da Saúde (MS), em 1994 a poliomielite foi considerada erradicada no Brasil. Contudo, casos da doença vem surgindo nos últimos anos, e a falta de vacinação é o principal fator para o ressurgimento da patologia.
Também conhecida como paralisia infantil, ou pólio, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda, causada por um vírus no intestino, que pode infectar crianças e adultos. Nos casos graves acontece a paralisia dos músculos, e os membros inferiores sãos os mais atingidos.