Estudos mostram que cepa escapa da proteção realizada por apenas duas doses de imunizantes
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), reforça, nesta sexta-feira, 11, a importância da vacinação contra a covid-19, diante dos 50 casos registrados nos últimos sete dias no estado, bem como alerta para o aumento de casos da nova variante Ômicron (BQ.1) no país.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante já circula por 29 países, sobretudo na União Europeia, e provocou a retomada das medidas de isolamento em algumas cidades da China.
No Brasil, a nova cepa foi identificada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo menos cinco casos da variante foram registrados, sendo dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um no Amazonas e um no Rio Grande do Sul. A morte de um dos pacientes infectados na capital paulista foi confirmada nesta quarta-feira, 9.
De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Paula Mariano, a recomendação é que a população procure tomar as doses de reforço da vacina contra a covid-19, o que é indicado neste momento para aumentar a imunidade e preparar o organismo para se proteger das variantes.
“Quanto maior o percentual de imunizados, menor o risco de agravamento de uma possível 5ª onda de covid-19 e de mortes pela doença. Vacine-se”, salienta Paula.
Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Renata Quiles, está demonstrada mais uma vez a importância da vacinação contra a covid-19, pois, mesmo que ela não impeça de adquirir a doença, impede de ter a forma grave e o óbito.
“Por enquanto, nada mostra que essa variante cause doença mais grave, porém, pode gerar um aumento no número de casos, principalmente entre as pessoas que não se vacinaram adequadamente, por essa razão é necessário vacinar-se o quanto antes”, afirma Renata Quiles.
Segundo especialistas da Fiocruz, as primeiras análises mostram que a nova cepa tem a capacidade de “driblar” o bloqueio imunológico em pessoas que tomaram as primeiras doses da vacina, mas ainda não receberam as duas doses de reforço.
“Outra recomendação é que a população mantenha o hábito de higienizar bem as mãos com água e sabão ou com álcool em gel. O uso de máscara também é indicado para pessoas que têm alguma imunodeficiência ou doença respiratória”, completa Renata Quiles.