Quem vai à Praça da Revolução, em Rio Branco, nota que um dos monumentos históricos da cidade, o Quartel do Comando-Geral (QCG) da Polícia Militar (PMAC) foi revitalizado à altura de sua história e de sua importância para o estado do Acre. Ao longo dos seus 93 anos, foi a primeira vez que o prédio, símbolo de uma instituição, passou por reforma, fruto do empenho de um governo que se preocupa com a Segurança Pública.
O QCG foi contemplado num parte de um pacote de obras que, ao longo dos quatros anos de gestão do governo Gladson Cameli, visaram à reestruturação das unidades operacionais e administrativas, com intuito de oferecer um ambiente digno aos policiais militares e à população acreana, que procura os serviços da PMAC. Com investimentos na casa dos R$ 4 milhões, o QCG foi entregue em junho, oferecendo um ambiente adequado para receber os cidadãos.
Além disso, durante os quatro anos, em parceria com a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), foram realizadas obras nos quartéis de Assis Brasil, Cruzeiro do Sul, Feijó, Senador Guiomard, Tarauacá e Xapuri, como também nas Casas do Comando em Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Além disso, houve a construção da Casa Tática e do Estande de Tiros, e as manutenções prediais das unidades operacionais e administrativas da corporação.
O comandante-geral da PMAC, coronel Luciano Fonseca, destacou os progressos ao longo da gestão. “Foi o avanço mais significativo da história da Polícia Militar, em que construímos ou reformamos nossos quartéis, na capital e no interior, também com projetos em andamento, como a construção da nova Corregedoria e do Setor de Inteligência e Análise Criminal da instituição”, enfatiza.
Números operacionais
O novo momento vivido pela Polícia Militar do Acre (PMAC) é refletido em números positivos no quesito de operacionalidade da instituição. Ao longo dos quatro anos de gestão, a corporação realizou 32.562 operações em todo o estado, resultando na abordagem de mais de um milhão de pessoas; surtindo efeito na apreensão de 2.769 armas de fogo; 3.899 veículos – carros e motocicletas – recuperados e no cumprimento de 2.541 mandados judiciais.
“Com as condições necessárias de trabalho atendidas, o policial militar se sente motivado e isso reflete nos bons e expressivos números alcançados durante os últimos quatro anos; quem ganha com isso é a população acreana”, enfatizou o comandante.
Uma polícia comunitária
Com uma grade curricular que visa à formação mais humanística do policial, com abrangência da área de Direitos Humanos e ênfase no modelo de Polícia Comunitária, ao longo dos quatro anos de gestão, a PMAC realizou 27,8 mil ações comunitárias. No Programa Educacional de Resistência as Drogas e Violência (Proerd), foram mais de 37 mil alunos formados, mesmo em meio a uma pandemia, e no Policiamento Escolar, mais de 16 mil atendimentos.
Outras atividades sociais também foram destaque da instituição, com os projetos Em Forma com o Batalhão e Pequenos Guardiões, que levam as artes marciais aos jovens do Segundo Distrito da capital acreana e aos bairros da parte alta de Rio Branco. Além da Banda Mirim da PMAC e Banda Marcial do Colégio Militar Estadual Tiradentes (CMET), que levam arte, por meio da música, a crianças e adolescentes.
“Está em andamento o projeto para construção da Base Comunitária no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, já com previsão do emprego do efetivo de soldados que se encontram em formação para atuar no policiamento comunitário do bairro, assim como em outros, que já receberam reforço no policiamento”, relatou o coronel Luciano Fonseca.
Valorização do profissional
A promoção na carreira militar é uma forma de valorização profissional, reconhecimento e respeito, mas isso passa por formação e capacitação, um marco na atual gestão, que visa qualificar o profissional para melhor atender o cidadão.
Durante a formação continuada, mais de 1.500 policiais militares receberam capacitação e aperfeiçoamento, além dos 704 novos profissionais que realizaram o Curso de Formação de Soldados (CFSd), um compromisso do governo em repor o efetivo da corporação.
A administração de Cameli tem estabelecido marcos históricos na área da Segurança Pública. Somente com a contratação de novos profissionais, o governo do Acre convocou, até junho deste ano, 1.116 servidores para reforçar as forças policiais do Estado.
Colégio militar: um novo modelo educacional
O Colégio Militar Estadual Tiradentes (CMET), de Rio Branco, tem consolidado sua presença no cenário educacional acreano, com o emprego de um modelo educacional tradicionalmente militar, baseado nos princípios da disciplina e hierarquia, valores basilares da instituição. Com notas superiores a 6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o CMET obteve as melhores notas do estado.
A instituição de ensino também se destacou nos processos seletivos para ingresso nas universidades. Em sua primeira participação, entre os alunos que concluíram o ensino médio, 85 jovens foram aprovados em universidades particulares e na Federal do Acre (Ufac). Também obtiveram destaque na Olímpiada de Matemática (Obmep) e nas competições desportivas, como xadrez e ciclismo, com alunos no pódio.
Resgate da identidade visual
As cores azul e branco, marca presente nos uniformes e na estrutura predial da instituição desde a década de 70, na fase de transformação da Guarda Territorial em Polícia Militar, agora ressurgem como resgate e reafirmação da identidade visual da PMAC. A regulamentação dessas cores como representativas da corporação foi ratificada com a aprovação do Manual de Identidade Visual e do Regulamento de Uniformes da instituição, respondendo a um anseio antigo dos profissionais.
Visão de futuro
Como parte do planejamento estratégico, a Polícia Militar do Acre está associando sua atuação ao emprego de novas tecnologias que visam oferecer melhores serviços à comunidade. A instituição está na iminência de implantar um novo sistema, o Boletim Online, em que o cidadão terá atendimento no local da ocorrência, em caso de crimes de menor potencial ofensivo.