A prevenção de doenças infecciosas mediante a vacinação é considerada um dos maiores sucessos em saúde pública mundial e uma das medidas mais seguras e de melhor relação custo-efetividade para os sistemas de saúde. As práticas de vacinação programada e organizada têm permitido evitar milhões de óbitos e incapacidades ao longo da história, controlando a evolução de várias doenças.
A imunização evita globalmente entre dois e três milhões de mortes todos os anos, por doenças como difteria, tétano, coqueluche, influenza e sarampo. Para garantir a vacinação segura, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), participa, nesta terça-feira, 13, e quarta, 14, da capacitação em investigação e avaliação de causalidade de eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização (Esavi), em Brasília.
O objetivo do evento é fortalecer as capacidades subnacionais de vigilância dos Esavi, utilizando normais nacionais, regionais e globais como referência. Foi idealizado pelo Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), para promoção da qualificação dos profissionais responsáveis pela investigação de eventos que comumente são atribuídos à vacinação, levando a população a uma equivocada hesitação vacinal.
Eventos adversos pós-vacinais são possíveis, porém, na maioria dos casos notificados, trata-se de causas externas que coincidiram com o período próximo à vacinação.
De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) no Acre, Renata Quiles, o curso orienta os profissionais dos estados a identificar, em tempo oportuno, os casos que realmente podem ser eventos causados em decorrência da vacinação e os que têm outras causas, bem como as condutas diante de cada caso.
“Assim poderemos melhorar a vacinação no estado, bem como a confiança da população nas vacinas, através de uma comunicação transparente dos benefícios da vacinação diante das baixas taxas de eventos relacionados à vacinação”, apontou.