Com o intuito de proteger a população contra o coronavírus e suas variantes, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Acre, deu início à vacinação bivalente da Pfizer contra a covid-19, neste sábado, 25, no Lar Vicentino, em Rio Branco.  

Os imunizantes bivalentes foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 22 de novembro de 2022, para serem usadas como dose de reforço na população acima de 12 anos. As vacinas protegem contra o vírus original e as novas cepas, incluindo a ômicron e suas subvariantes, que são as que mais têm infectado a população ultimamente. 

O Lar Vicentino foi escolhido por abrigar pessoas idosas, que fazem parte do grupo de risco, a qual serão destinadas as primeiras vacinas, segundo recomenda o PNI (Programa Nacional de Imunização). Os grupos prioritários incluem idosos, gestantes e imunossuprimidos. Ao todo foram vacinados 46 idosos que moram na Instituição de Longa Permanência (ILPI) e também todos os profissionais que trabalham na casa.  

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, todos os municípios terão um centro de referência para vacinação e em Rio Branco todas as Unidades de Referência em Atenção Primária (URAPs) estarão aptas a vacinar. 

“Esse é um momento de unir forças com as secretarias municipais e as Uraps e vacinarmos o maior número de pessoas. Agora serão priorizadas as pessoas com maior exposição ou risco de desenvolvimento de quadros graves da doença, começando pelas que residem e trabalham em ILPIs”, salienta. 

Mesmo a Anvisa recomendando o uso dos reforços bivalentes em todas as pessoas acima de 12 anos, o Ministério da Saúde decidiu reduzir o público-alvo dos imunizantes apenas para os grupos prioritários, que incluem idosos com mais de 60 anos, gestantes e puérperas, imunocomprometidos, pessoas com deficiência, pacientes vivendo em instituições de longa permanência, povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, e profissionais da saúde. 

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Acre, Renata Quiles, ressaltou que as fases recomendadas pelo Ministério da Saúde serão vacinadas no estado do Acre simultaneamente e a partir deste ano as campanhas contra a covid serão anuais. 

“Todos os anos teremos a vacinação com dose de reforço contra a covid-19, assim como a vacina contra a Influenza. Estamos realizando no Lar Vicentino o lançamento simbólico estadual, mas nos demais municípios a vacinação começará na próxima segunda-feira, 27”, destacou. 

Lar Vicentino 

O primeiro idoso a ser vacinado com a vacina bivalente, foi o senhor Sebastião Lopes, 83, conhecido por todos da casa como Arigó. Reside no Lar Vicentino há cerca de dois anos e meio. Cheio de alegria e dando bom dia a todos perguntou ao secretário de Saúde quanto ele ia ganhar para ser o primeiro. Pedro Pascoal respondeu que ele iria ganhar muita saúde, que foi respondido por seu Arigó com uma boa risada. 

Já a senhora Maria Barroso, 80, reside na casa há 7 anos. Tomou as quatro doses monovalentes e muito comunicativa falou o quanto é importante a vacinação contra a covid-19.  

“Acho legal a vacinação, pois precisamos cuidar da nossa saúde, aqui tomamos todas as precauções e os cuidados, as cuidadoras nos ajudam muito. Aconselho que todos tomem a vacina. Sem a nossa saúde não somos nada”, evidenciou. 

Orientações 

– Mesmo sendo do grupo prioritário, é obrigatório ter 1ª e 2ª dose da vacina monovalente; 

– Mesmo sendo grupo prioritário, é obrigatório intervalo de 4 meses da última dose; 

– Se for grupo prioritário e já tiver 1ª dose + 2ª dose + 1ª dose de reforço + 2ª dose de reforço, se já faz 4 meses, vai tomar o Reforço 2023. 

– As pessoas que não fazem parte do grupo prioritário para as vacinas bivalentes e não iniciaram a vacinação, ou que estão com o esquema de duas doses monovalentes incompleto, deverão completar o esquema vacinal já preconizado com as vacinas monovalentes. 

As pessoas imunocomprometidas são aquelas: 

– Com imunodeficiência primária grave; 

– Que estejam fazendo tratamento de quimioterapia para câncer; 

– Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) e façam uso de drogas imunossupressoras; 

– Com HIV/AIDS; 

– Que façam uso de corticoides em doses de 20 mg ou mais por dia de prednisona ou equivalente, por período igual ou maior que 14 dias; 

– Utilizem drogas modificadoras da resposta imune; 

– Com condições autoinflamatórias, doenças intestinais inflamatórias; 

– Que estejam fazendo hemodiálise; e 

– Com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.