Medidas de segurança podem prevenir transmissão de doenças e demais riscos que podem afetar a saúde das pessoas atingidas por enchentes. Inundações oferecem riscos imediatos e futuros para as pessoas que vivem próximo a regiões que alagam. Entre os perigos estão as infecções, como leptospirose, dengue, doenças diarreicas e respiratórias. Além disso, o ambiente com entulhos e destroços aumenta o risco de acidentes com animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e cobras.
Com intuito de prevenir doenças à população, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), realizou nesta terça-feira, 25, uma oficina de capacitação para 519 profissionais de saúde de Rio Branco sobre prevenção de doenças pós alagação. O evento foi realizado no auditório do Pronto-Socorro em Rio Branco.
A proposta surgiu de vários departamentos da Saúde, com o propósito de trabalhar diretamente com os agentes comunitários de saúde que estão próximos aos moradores, orientando e abordando junto às famílias que estão retornando às suas casas, com informações pertinentes na prevenção de doenças, com visitas qualificadas.
Dentro da programação, irão tratar sobre: a importância da visita qualificada; as arboviroses (dengue, zika e chikungunya); as doenças diarreicas agudas; doenças respiratórias; acidentes com animais peçonhentos; leptospirose e a higienização na volta à casa.
De acordo com Gracilene Bandeira, técnica do Núcleo de Educação em Saúde da Sesacre, somente os agentes comunitários de saúde de Rio Branco estão passando por essa capacitação, dividida em quatro turmas. “São eles que conhecem a realidade das comunidades, com contato direto com as famílias, e estamos tratando diversos temas na oficina para que eles levem essa abordagem de prevenção à população que está retornando para casa”, salientou.
Para Ilderli Freitas, agente comunitário de saúde há 10 anos, que atua no bairro Mariano Gonzaga, na Regional do Calafate, essa capacitação é importante para aplicar na prática à abordagem junto aos moradores.
“Estamos fazendo uma reciclagem daquilo que vivemos no dia a dia, aplicando o conhecimento técnico junto à comunidade, ainda mais nesse período pós-enchente”, destacou.