Na semana em que a instituição completa mais de quatro décadas de serviços prestados à sociedade, a equipe do Centro de Educação Profissional e Tecnológica (Cept) Roberval Cardoso promoveu uma celebração no estande do Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec) na Expoacre, na noite de quinta-feira, 3.
“Queremos comemorar com o público os 42 anos da escola”, disse Antônio Marques, coordenador da unidade, que já se chamou Escola Agrotécnica.
Como exemplo do trabalho que o órgão vem desenvolvendo no estado, o espaço expôs o trabalho emblemático de um ex-aluno da escola. Reeducando do sistema prisional, Manoel Lima concluiu o curso de marceneiro: “Eu sabia montar móveis, mas não sabia fazer o que sei hoje. Agora tenho o diploma e uma profissão”.
O reeducando vislumbrou, na formação ofertada pelo Estado, por meio do Ieptec em parceria com o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), a chance de mudar de vida.
“Eu não tinha um projeto de vida, não sabia o que ia fazer. Aprendi muito no curso, gosto do que faço e agora vou abrir uma microempresa e continuar com o meu trabalho, que é o que me faz feliz”, relatou.
Professora da rede pública, Zeneide Ihuaraqui conta que na escola em que atua muitos de seus alunos realizam cursos no Ieptec: “A iniciativa é muito boa porque, a partir do momento em que o aluno se encontra na profissão com a capacitação, ele se torna um profissional e pode caminhar com as próprias pernas”.
O curso de marceneiro é uma das formações que integram a política de ressocialização do governo do Acre, junto ao sistema prisional do Estado. O objetivo é capacitar os reeducandos para que sejam reinseridos na sociedade e tenham maiores chances de ingresso no mercado de trabalho.
“A união entre as pastas garante oportunidade a essas pessoas que, assim como o Manoel, terão mais possibilidades de conseguir um emprego ou montar seu próprio negócio, ao sair do sistema prisional”, disse o presidente do Ieptec, Alírio Wanderley.
