Responsável por 17,4% das exportações acreanas em 2020, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e um volume de US$ 9,5 milhões, o setor de beneficiamento da castanha teve destaque no Espaço Indústria da Expoacre. Com quebradores para retirar o alimento da casca e degustações que deram água na boca, os estandes institucional e da Cooperacre chamaram a atenção do público e atraíram milhares de pessoas.
Crianças, jovens e adultos lotaram os espaços pela curiosidade de saber mais como a área tem gerado boas oportunidades como bons volumes de negócios, crescimento da produção nos últimos anos, expansão de novos postos de trabalho nos municípios e estímulo à distribuição de renda.
O empresário Rivaldo Silva, um dos líderes do movimento que agrega os empreendimentos para a constituição de um sindicato no setor, explica que o objetivo é expandir toda a industrialização.
“Atualmente, a castanha ocupa o terceiro maior volume de exportação para todo o Brasil e o mercado internacional. Com a política de preservação da Amazônia pelos governos federal e do Estado, acredito que saltaremos para segundo lugar neste quesito. A parceria do setor com o governo, a Fieac [Federação das Indústrias] e outras entidades é feita para que consigamos aumentar os bons resultados e solidificar a industrialização para agregar mais valor”, disse Silva.
O pequeno Lucas Mendes foi uma das pessoas que gostaram da disposição dos espaços e aprenderam sobre como se dá todo o processo de produção da castanha. Acompanhado dos avós, ele diz que gostou de conhecer mais sobre como a castanha contribui para o desenvolvimento socioeconômico: “O quebrador me chamou a atenção e vim usar. Daí aprendi muito sobre como eles fazem para que a gente tenha ela em supermercados e lojas. Gostei muito”.
A estudante Maria Luiza também usou o aparelho, degustou as amostras e se inteirou sobre os dados do setor. Para ela, as visitas aos estandes vão servir muito para os trabalhos escolares relacionados ao meio ambiente, economia e inclusão social por meio de emprego e renda. “Eu achei muito legal esses ambientes. Fui muito bem recebida e tudo o que aprendi aqui vai ser ótimo para caso eu precise nas aulas. É a primeira vez que vi como se faz a industrialização no estado”.
Jorge Gonçalves, vendedor da Cooperacre que esteve nos nove dias de Expoacre, destacou que a parceria entre a Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), a Federação das Indústrias e a empresa é essencial para se alcançar as metas pretendidas para a área. “É uma união ótima, que vai trazer novas boas conquistas e benefícios para a população. Economia forte é sinônimo de bem-estar social para todos nós. Foi uma experiência maravilhosa estar aqui esses dias”, encerrou ele.