A Amazônia, com 28 milhões de habitantes, 198 populações tradicionais, floresta mais biodiversa, maior reservatório de água doce e maior bloco tropical de regulação climática do planeta, nas próximas décadas se tornará a grande catalisadora da economia de baixa emissão de carbono ou atingirá um ponto irreversível de degradação?
Esses são questionamentos debatidos no Fórum de Bioeconomia realizado pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) e a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), aberto oficialmente na manhã desta segunda-feira, dia 21, no Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AC).
Para Mirla Miranda, coordenadora do evento, é uma oportunidade de revelar ao mundo o que muitas vezes o acreano não vê no seu habitat. “Falaremos de bioeconomia que chegue à cidade, que tenha uma embalagem e que seja vista pelo universo”, acrescentou.
O titular da Seict, Assurbanipal Mesquita, ao declarar aberto oficialmente o evento, lembrou que essa é uma agenda do ecossistema de inovação do Acre. “Eixo seis do plano decenal do governo do Estado, objetivamos gerar novas patentes e novos negócios”, comentou. Ele acrescentou, ainda que o governador Gladson Cameli é o grande incentivador da bioeconomia como forma de gerar novos postos de trabalho.
O presidente do Fórum de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica do Acre, José Adriano Ribeiro, disse que a bioeconomia dialoga com a economia reversa e a inovação tecnológica. Ao elogiar os organizadores do evento, Adriano destacou que “essa é uma agenda estratégica para o Acre e o mundo. Empresários de São Paulo estão ligados no que acontecerá nesses três dias”, revelou.
O gestor de projetos de sustentabilidade do Sebrae, Jorge Freitas, representou a superintendência do órgão. Ele assegurou que no Acre já existem 31 negócios impulsionados pela bioeconomia. Falou dos quatro eixos ligados ao evento: “educação, por meio das faculdades e universidades, o setor produtivo, as comunidades e o governo”.
O presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Acre (Fapac), professor Moisés Diniz, citou um estado nem muito desenvolvimentista e muito menos santuarista. “Temos um governador que pensa em progresso de forma equilibrada. Ver hoje um presidente da Fieac falar em sustentabilidade é uma demonstração de que estamos no rumo certo. A ciência não tem ideologia. Esse evento é uma esperança para a Amazônia”, disse Diniz.
Programação – O Fórum segue com plenárias no período da tarde com o tema marca, designe e agregação de valor com o designer e perfumista, especialista em desenvolvimento de produtos, embalagens branding, José Luiz de Paula. Ainda no período da tarde acontece uma roda de conversa com Daniel Pinheiro (CEO de Biozer) e uma oficina de desenvolvimento de embalagens.