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Arroz à Foice: a denúncia da exploração dos gaibéus na primeira obra Neorrealista de Portugal – Noticias do Acre
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Arroz à Foice: a denúncia da exploração dos gaibéus na primeira obra Neorrealista de Portugal

A Guerra Colonial ou Guerra de Libertação foi um período de confrontos entre as Forças Armadas de Portugal e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas colónias — Angola, Guiné-Bissau e Moçambique — entre 1961 e 1974. Esse período é de grande importância para a literatura portuguesa, que se mostra contrária ao regime ditatorial imposto por Salazar. Nasceu assim, uma literatura de guerra, onde os escritores estavam diretamente envolvidos nos conflitos da época. As narrativas desses autores giravam em torno de personagens que foram obrigados a se envolver em um conflito sem sentido, por isso, acabavam se solidarizando com os africanos.

Uma das grandes obras que nasceu nesse cenário é Gaibés, de Alves Redol (1911-1969), publicada em 1939, que inaugura o Neorrealismo português. Os Gaibéus são trabalhadores camponeses da província portuguesa do Norte do Ribatejo ou da Beira Baia, que trabalham as margens do rio no período da ceifa de arroz. O capítulo do livro de Redol denominado Arroz à Foice, explana as péssimas condições aos quais os camponeses eram submetidos.

O escritor busca sensibilizar o leitor por meio de sua descrição minuciosa a respeito de como os trabalhadores viviam e como se sentiam ante aquela situação. Homens e mulheres compartilhavam o mesmo cômodo e dormiam no chão sob palha. Redol consegue provocar repulsa em seu leitor ao narrar sobre o mau cheiro que aquele ambiente tinha, já que as pessoas estavam sempre sujas e suadas após longas horas de trabalho e, em nenhum momento, é falado que tomavam banho. A própria personagem do capataz se sente enojado ante a saia rasgada e manchada de sangue de uma das trabalhadoras (REDOL, 1939).

Por várias vezes o autor utiliza a palavra “fadiga” para descrever como aquelas pessoas – crianças, adultos e idosos – se sentiam naquele lugar. Em um determinado trecho os trabalhadores são comparados com máquinas que precisam trabalhar sem parar por várias e várias horas debaixo de chuva ou de sol (REDOL, 1939). Ao fim do dia, todos estão completamente exaustos, famintos e com sede, porém a água só pode ser dada a eles pelo capataz depois que o senhor do arroz faz a contagem da produção.

Alves Redol utiliza sua literatura para denunciar e sensibilizar os leitores as terríveis condições que os gaibéus eram submetidos, reduzidos a animais sem vida própria e esperança de uma vivência melhor, mais digna e humanitária. O autor neorrealista se aproveita do lado humano do leitor para provocar reações de raiva e repulsa por meio de suas palavras.

 

Emily Vitória é repórter da Secretaria de Estado de Comunicação no município de Cruzeiro do Sul 

 


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