A crise hídrica instalada no Acre estava prevista desde o início do ano, mas não com a intensidade ampliada pelo fenômeno El Niño, que motivou a decretação de estado de emergência publicada nesta sexta-feira, 6, pelo governador Gladson Cameli.
Logo no início do verão, o governo do Estado, por meio do Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre), lançou um conjunto de ações para se antecipar a uma seca prolongada e possível falta de água nos municípios.
Desde então, o presidente do Saneacre, José Bestene, tem acompanhado a diretoria técnica da autarquia em missões de reconhecimento de todas as unidades municipais, ouvindo funcionários e consumidores sobre as necessidades locais.
Nesta sexta-feira, 6, por exemplo, uma equipe de técnicos está em Senador Guiomard vistoriando as obras de revitalização que estão sendo feitas na Estação de Tratamento de Água (ETA) que abastece o município, a fim de manter o padrão de qualidade da água ofertada à população.
Em municípios abastecidos pelo Rio Acre, o Saneacre já recebeu alertas do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), sobre os baixos níveis do manancial. A autarquia ainda não trabalha com hipóteses de racionamento.
No município de Bujari, que já teve problemas de desabastecimento em função de uma seca prolongada em 2022, o Saneacre aumentou a barragem do açude que abastece a cidade e ampliou em 30% a capacidade de reserva. Segundo Bestene, caso seja insuficiente, a autarquia poderá substituir a fonte de abastecimento.
O diretor de operações da autarquia, Alan Ferraz, explicou que a sensação é de alerta, mas que já foram feitos melhoramentos nos sistemas de abastecimento de água em vários municípios. “Estamos fazendo um trabalho preventivo. Desde o início do ano, estamos em alerta”, destacou.
O Saneacre reforça a importância da colaboração de todos na luta contra o desperdício de água.