O governo do Acre, representado pela secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, participou da Conferência Brasileira Clima & Carbono, em São Paulo. O evento foi realizado nesta quinta-feira, 26, no Cubo Itaú e reuniu especialistas nacionais e internacionais para debater três temáticas principais: clima, mercado de carbono (regulado e voluntário) e perspectivas para a COP 28, que ocorre no fim do ano, em Dubai.
A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) tem tido destaque e liderança nas agendas ambientais com resultados expressivos na redução dos alertas de desmatamento e focos de queimadas. A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, foi convidada a participar da conferência no painel “Financiamento Climático: Estratégias, Desafios e Possibilidades para um Futuro Sustentável”.
O evento é realizado pela Aliança NBS, que reúne o setor privado no âmbito das “Soluções Baseadas na Natureza”.
Com atuação na agenda de financiamento climático, a secretária chamou a atenção para os acordos internacionais que elencam grandes cifras de recursos, para que cheguem aos territórios gerando reais impactos.
“Ouvimos na última reunião do G20, que para alcançar os compromissos dos países em reduzir as suas emissões de CO2 seriam necessários 5,3 trilhões de dólares. No Acordo de Paris, ratificado pelos países membros, no artigo 9, é conhecida a responsabilidade mútua mais diferenciada, focando no financiamento climático”, contou a secretária.
E questionou: “O que falta para que esses recursos cheguem às ações necessárias, aos estados e aos municípios, e garantam a transição climática justa? Conheçam e reconheçam a dinâmica da Amazônia e a vocação dos seus diferentes povos. Esse é um bom começo”, enfatizou.
Sobre financiamento climático, o Acre apresentou o projeto “Rumo ao Desmatamento Zero na Amazônia” ao Fundo Amazônia. São quase R$ 98 milhões para que o estado consiga chegar ao seu objetivo, que é contribuir para coibir práticas ilegais de desmatamento, a partir da conjunção de estratégias das áreas de comando e controle ambiental, gestão territorial e ambiental e produção sustentável.
Estima-se que ao final da execução do projeto, que, inicialmente, possui um cronograma de 48 meses, boas práticas produtivas sejam alcançadas, como a regularização e destinação fundiária e dos passivos ambientais, além do fortalecimento das secretarias que atuam prevenindo e coibindo os ilícitos ambientais, com contribuição substantiva ao alcance dos objetivos e metas do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas do Estado do Acre (PPCDQ/Acre).