Em decorrência do crescente número de migrantes estrangeiros que chegam ao Acre pela fronteira com o Peru e a Bolívia, o governo do Acre por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) realizou, nesta segunda e terça-feira, 6 e 7, uma visita aos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil, realizando doações de colchões, cestas básicas e água, para assistência dos possíveis migrantes que devem chegar nessas cidades nos próximos dias.
A leva de imigrantes deve aumentar nos próximos dias, pois, orientada por decreto governamental, a Polícia Nacional do Peru irá deportar, a partir de sexta-feira, 10, imigrantes que estejam em situação irregular no país.
A titular da SEASDH, Maria Zilmar da Rocha, acompanhou as visitas a fim de conhecer as necessidades dos abrigos com os representantes de Brasileia e Epitaciolândia. “Na casa de passagem migratória que comporta migrantes dos dois municípios, a capacidade de atendimento é de 40 pessoas e 84 estão hospedadas no local”, relatou.
O chefe do Departamento de Proteção Social Especial da pasta, Hélio Cezar Koury, participou das visitas e explicou que a legislação brasileira, signatária de tratados internacionais de acolhimento a imigrantes, é mais mais receptiva. “Eles escolhem o Brasil pelas oportunidades de trabalho, de estabelecer a família no país e de regularização”, afirmou.
Atualmente Assis Brasil possui duas unidades de acolhimento, uma para homens e outra para famílias. Brasileia e Epitaciolândia possuem um espaço cedido por uma igreja, que serve de abrigo para os migrantes, mas apresenta dificuldades de atendimento, regularização e vacinação.
Em Epitaciolândia, município com maior necessidade de atendimento, foi decretada, no Diário Oficial do Estado, na segunda-feira, 6, situação de emergência humanitária devido ao grande fluxo de migrantes.
A SEASDH debateu junto ao prefeito da cidade, Sérgio Lopes, medidas de assistência social, realizando um pedido de cofinanciamento federal para criação de uma casa de passagem no local.
O Município de Rio Branco também foi alertado sobre o provável aumento do fluxo de imigrantes.