“Recebemos a notícia no dia do aniversário dele. Foi uma nova vida. Não tenho palavras para agradecer”, comemora Dalia Lopes, mulher de Antônio Araújo da Silva, procedente de Pauini (AM), que já havia recebido novo fígado em 2016, devido a cirrose hepática decorrente do vírus da hepatite B, em caso que evoluiu para trombose tardia de artéria hepática, uma complicação incomum, com indicação de retransplante de fígado.
Em agosto, Antônio retornou para a fila de transplante com situação especial, devido à gravidade e urgência do caso. O novo procedimento foi realizado na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), em Rio Branco, no domingo, 26, exatamente quando o paciente completava 50 anos.
Esse foi o 17º transplante hepático do ano e o 79º desde o início do programa, em 2014. A coordenadora de Transplantes da Fundhacre, Valéria Monteiro, explica que o processo de viabilização para captação e a realização da cirurgia tiveram início no sábado, 25, quando sua equipe foi informada, pela Central Estadual de Transplantes, sobre um doador compatível em Porto Velho (RO).
“Uma equipe médica se deslocou até lá, onde aconteceu a cirurgia de captação do órgão, e retornou com o fígado por volta das 7h da manhã de domingo para Rio Branco, onde uma segunda equipe já aguardava com o receptor no centro cirúrgico”, relata.
Por se tratar de um retransplante, Valéria ressalta a dificuldade da realização de todo o processo cirúrgico, que teve duração de 12h. “Esse foi o procedimento considerado mais complexo do ano realizado pela equipe. Teve fim por volta das 18h e o receptor foi encaminhado para a unidade de terapia intensiva, onde está surpreendendo a equipe médica com uma rápida recuperação”, informa a coordenadora.