Dos 22 municípios acreanos, 19 já estão em situação de emergência devido às cheias dos rios e igarapés, e o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), trabalha incessantemente por vias terrestre, aquática e aérea para atender às mais de 11 mil pessoas atingidas pelas enchentes.
As forças de segurança estão, desde a última semana, em monitoramento e atendimento das ações de resposta rápida, com início no município de Assis Brasil, um dos primeiros a serem afetados pelas águas. Na cidade, foram atendidas cerca de 90 famílias pelo Corpo de Bombeiros Militar. Rio Branco veio em seguida, com as enxurradas dos igarapés, e a elevação dos afluentes em Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri.
O secretário de Segurança Pública em exercício, coronel Evandro Bezerra, destaca que a Sejusp, de forma conjunta com o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), composto pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMAC), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal, Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Instituto Socioeduacativo (ISE), estão empenhados em atender todos os municípios atingidos.
“Desde as cotas de alerta dos níveis dos rios, a Segurança Pública do Acre está concentrando esforços e toda a nossa logística de pessoas e materiais para dar uma resposta rápida às populações e cidades em condições de alagamento”, disse Evandro.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Charles Santos, explica que os municípios afetados tiveram rapidez na elevação das águas, mas que em todos eles há a presença das forças de segurança. E completa que a mesma dinâmica que acontece na capital também ocorre nos municípios.
“Em todos os municípios afetados temos um bombeiro militar à frente. Em Assis Brasil, que já passou da fase das enchentes e está na fase recuperativa, Brasileia, que nesse momento já ultrapassou a maior cota histórica em termos de enchentes, tem as forças de segurança dentro de uma central de comando e controle, onde essa central dá as respostas de acordo com o alcance e as possibilidades do momento. Em Rio Branco temos uma estrutura maior, porque corresponde a cerca de 50% da população, onde o Estado entra com atendimento e retirada das pessoas”, disse.
A diretora operacional da Polícia Militar, coronel Marta Renata Freitas, explica que a Polícia Militar está na capital e no interior fazendo a segurança nos abrigos: “Estamos trabalhando no policiamento preventivo e ostensivo nas áreas não alagadas, mas principalmente nas áreas alagadas, por meio do patrulhamento fluvial, sobretudo no interior do estado”.
O Detran está nas ruas com o patrulhamento ordinário, apoiando a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (RBtrans) na capital, e no interior há ações pontuais com suporte às intervenções da Polícia Militar. Já a Polícia Civil está intensificando suas ações nas áreas de Brasileia e Jordão, com medidas dedicadas à população. O Iapen está na assistência das famílias atingidas no apoio e remoção de pertences.
A Sejusp montou uma estrutura técnica para atender e monitorar em tempo real as operações que estão sendo desenvolvidas pela Defesa Civil nos pontos alagadiços da capital acreana. A estrutura ativada faz parte da tecnologia do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que atende dia e noite as ligações emergenciais do 193, que está sendo utilizado para ligações de solicitação de atendimento relacionado às cheias.
Os serviços ordinários do Corpo de Bombeiros Militar como mergulho, combate a incêndio e salvamento continuam funcionando. Apesar da grande demanda das enchentes, nenhum serviço à população deixará de ser oferecido.