Em mais uma ação para atender as comunidades indígenas atingidas pela cheia do Rio Acre, o governo do Estado, por meio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), enviou mais de 700 cestas básicas para a Terra Indígena Ashaninka do Alto Rio Envira, em Feijó.
O carregamento, que deve sair na quarta-feira, 13, para Feijó, conta com 300 cestas de 25 quilos cada e outras 400 de 12,40 quilos. Além disso, estão sendo enviados 48 mosquiteiros, 100 redes e 34 kits de higiene. A área indígena é uma das mais distantes do estado, sendo necessário 10 dias de barco para chegar até lá.
Por isso, a Sepi fez uma parceria com o Exército para que os mantimentos sejam levados de helicóptero. Francisca Arara, titular da Sepi, explica que, mesmo com o rio em vazante, esse apoio aos indígenas continua sendo fortalecido, porque as comunidades tiveram perda total de suas plantações e também habitam em locais em que a logística é mais difícil.
No caso dos Ashaninkas do Alto Rio Envira, essa atenção é ainda mais redobrada, porque fazem parte de um grupo que vive mais isolado e que fala a língua materna.
“O governo do Estado Acre, por meio da Secretaria de Povos Indígenas está enviando essas cestas para continuar atendendo essas regiões de mais difícil acesso que estão esperando essa ajuda desde o início da enchente por conta da logística, da distância. A gente está em parceria com o Exército, com a Funai [Fundação Nacional dos Povo Indígenas], com o Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena [Dsei], com a Defesa Civil, fazendo essa força-tarefa para entregar essas cestas”, destacou.
Toda essa união e esforços têm sido mantidos desde o início da enchente, com o intuito de chegar a todos atingidos pela segunda maior enchente registrada e já considerado o maior desastre ambiental do Acre devido ao número de municípios atingidos, segundo os órgãos de Proteção e Defesa Civil.
“Estamos nessa união fazendo com que esses insumos cheguem nos territórios mais distantes para minimizar o impacto que foi criado com essa grande enchente, que atingiu mais de 7 mil indígenas. Logo mais, estamos providenciando mais cestas para o Jordão, Tarauacá e para os parentes Katukina/Kaxinawa. Espero que ajude”, destacou.