Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the updraftplus domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /code/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /code/wp-includes/functions.php on line 6114
Ação humanitária do governo entregou mais de 146 toneladas em alimentos para atingidos pela enchente no Acre – Noticias do Acre
Notice: Undefined index: noticiasdoacre-content in /code/wp-content/themes/agenciaac-wp/inc/template-functions.php on line 79

Notice: Trying to get property 'src' of non-object in /code/wp-content/themes/agenciaac-wp/inc/template-functions.php on line 79

Notice: Undefined index: noticiasdoacre-content in /code/wp-content/themes/agenciaac-wp/inc/template-functions.php on line 79

Notice: Trying to get property 'ver' of non-object in /code/wp-content/themes/agenciaac-wp/inc/template-functions.php on line 79
BALANÇO

Ação humanitária do governo entregou mais de 146 toneladas em alimentos para atingidos pela enchente no Acre

O governo do Estado, de mãos dadas com gestores municipais e a União iniciou uma força-tarefa para levar ação humanitária para as mais de 150 mil pessoas atingidas pela cheia dos rios no Acre. Todo esforço foi reunido em doações e ações que chegaram em todos os municípios atingidos. Ao todo, foram entregues quase 10 mil cestas básicas, totalizando 146,2 toneladas de alimentos.

Além disso, foram 13.164 litros de água mineral e 3.942 kits de limpeza doados em ações de assistência a essas famílias. Uma força-tarefa dessa proporção só foi possível com a união de todos, poder público e sociedade civil. Mas, não foram apenas recursos físicos que fizeram parte de toda essa rede de apoio, pois os recursos humanos empenhados para as diversas ações envolveram todas as secretarias e servidores do Estado.

Donativos chegaram em todas as cidades. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Com as águas baixando e os rios voltando à sua calha normal, o governo do Estado faz uma avaliação de como foi coordenar serviços e estar presente, de forma inédita, em todas as cidades atingidas pelas inundações. Com 19 municípios em estado de emergência, este já é considerado como o maior desastre ambiental do estado.

Planejamento

Todo esse trabalho começa muito antes da cheia. A Defesa Civil Estadual iniciou, ainda no ano passado, a capacitação das coordenadorias municipais para atuação em eventos extremos, como o registrado no primeiro trimestre deste ano. Foram dois encontros, um em Cruzeiro do Sul e outro em Brasileia, para alinhar as ações.

“Nós passamos orientações a respeito dos procedimentos técnicos de fortalecimento da Defesa Civil Municipal, conhecimento como utilizar o sistema S2ID [Sistema Integrado de Informações sobre Desastres], que é uma ferramenta onde você repassa as informações para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional sobre a situação que se encontra no município”, pontua o coordenador estadual da Defesa Civil estadual, coronel Carlos Batista.

Essa capacitação garantiu resposta rápida, já que os decretos municipais puderam ser reconhecidos de forma ágil pelo governo federal, o que pôde garantir mais recursos no atendimento emergencial a essas pessoas.

“Nós da Defesa Civil estadual antecipamos algumas fases, como o decreto de situação de emergência, já que os 19 municípios puderam preencher, de forma adequada, o formulário de informação do desastre. Isso fez com que as prefeituras já começassem a elaboração do plano de resposta de ação humanitária e de assistência de resposta de ação humanitária para solicitar esses recursos”, pontua o coronel.

Essa agilidade contribuiu para que os danos não fossem maiores diante do cenário em todo o estado. Paralelo a esse trabalho desenvolvido com as prefeituras, o governo do Estado montou equipes coordenadas por secretários e presidentes de autarquias, para estarem pessoalmente em todos os municípios afetados. Essas pessoas, além de serem peça chave na execução de todo o plano de atendimento, são os principais interlocutores entre Estado e Município, ponderam a especificidade e demanda de cada região.

Defesa Civil está na fase de monitoramento após cheia. Foto: cedida

Estado presente

Acompanhando todas as ações de perto, o governador Gladson Cameli esteve em várias das localidade atingidas, inclusive aquelas mais distantes e em municípios isolados.

Uma dessas localidades, é a Aldeia Indígena Jatobá, do Alto Rio Iaco, localizada no município de Assis Brasil. Cameli conduziu a ação humanitária até o local, acompanhado da Secretária Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Francisca Arara.

Governador disse que equipes do Estado retornam à aldeia para ajuda humanitária no pós-enchente. Foto: Pedro Devani/Secom

“Fiz questão de estar presente aqui, nessa ação conjunta entre o Estado, União e Município. Estou vendo e acompanhando de perto a situação que os povos tradicionais dessa região estão enfrentando. Toda a estrutura governamental está à disposição, principalmente para o período pós-enchente”, frisou.

‘Ninguém parava’

Nas equipes montadas, todas as secretarias estavam envolvidas, inclusive os órgãos da Segurança. Nessa linha de frente, os bombeiros são essenciais para a remoção de famílias e para a proteção das pessoas atingidas. Para o comandante do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Charles Santos, esse pode ser considerado um dos maiores desafios da corporação, que se manteve vigilante a todo momento, reunindo dados e informações na sala de situação montada no Comando.

“Atendemos os 19 municípios, e onde não tinha unidade operacional dos Bombeiros fizemos o deslocamento de militares para auxiliarem a Defesa Civil de cada município na questão de organização de abrigos, atendimento às vítimas, deslocamento de desalojados, preenchimento das fichas, prestação de contas e ajuda humanitária”, pontua.

Por dia, em Rio Branco, segundo o comandante, chegaram a trabalhar 400 militares em 24 horas. “Ninguém parava. De acordo com a evolução do rio, essas pessoas eram demandadas para diversas missões e junto com elas também não pararam as outras missões, que eram de mergulho, salvamento e incêndio, que tiveram também constantemente. Eu digo que, como profissional de Segurança Pública, foi um aprendizado, onde nós fomos testados no limite, mas posso afirmar que o Estado deu resposta à altura daquilo que a população tanto precisava porque fomos de encontro aos anseios dessas pessoas e mitigando danos”, avalia.

Em cada cidade foi montada uma coordenação para levar ações do Estado. Foto: Marcos Vicentti/Secom

O braço do Estado

Cada servidor foi destacado para fazer parte dessa grande missão que tinha o foco de reduzir danos e chegar aos que mais precisavam, um trabalho que não é fácil e que se torna impossível sem união. Para isso, cada coordenador dessa ação humanitária se tornava o braço do Estado naquele local.

O Acre, assim como todos os outros estados da Amazônia, tem uma particularidade: cidades isoladas, onde só é possível chegar de barco ou avião de pequeno porte. Essa logística ainda é mais complicada quando se trata de terras indígenas, onde, em alguns casos, a viagem até lá pode durar até 10 dias pelo rio.

Uma dessas cidades isoladas é Santa Rosa do Purus, que tem 6.723 habitantes. O coordenador da equipe nessa cidade foi o presidente da Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre), Pádua Bruzugu. Para ele, a logística foi a maior dificuldade.

“O mais difícil é a ida para esses municípios isolados, que tem que ser de avião ou então de barco. Fomos de avião e a gente botou 700 kg de insumos nesse avião. Chegando lá, me reuni com o prefeito e coloquei toda a equipe estadual à disposição para o que fosse necessário. Foi muito importante essa presença do Estado no município, porque deu segurança, e a gente podia registrar e repassar a dimensão da cheia em cada uma dessas cidades”, relembra.

Casarão foi um dos pontos de entrega de cestas. Foto: Neto Lucena/Secom

Agricultura

Durante essa enchente, a Secretaria de Agricultura (Seagri) adquiriu, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), 104 toneladas que foram destinadas aos abrigos em todo o estado. O secretário da pasta, Luiz Tchê, explica que essa foi uma ação que conseguiu atender duas pontas, o produtor e quem estava precisando de apoio naquele momento.

Foi ele também que coordenou os trabalhos em Brasileia, o município mais crítico e que registrou sua maior cheia da história. “Rapidamente, a gente reuniu nossa equipe e fomos a Brasileia, onde encontramos o caos instalado. A presença do governo ajudou muito, porque deu a paz e tranquilidade que a equipe do município precisava para poder atender todo mundo”, diz.

O secretário estima que 8.770 famílias de produtores rurais foram atingidas com essa cheia. Agora, a Seagri pensa também em formas de amenizar os impactos no pós-cheia.

“A gente iniciou em Brasileia a compra do PAA e, imediatamente, conseguiu ajudar os produtores, aqueles que estavam perdendo suas plantações. Foram 104 toneladas de produtos adquiridos nessa alagação. A gente vai ampliar esse programa, mas temos mais programas para priorizar essas áreas atingidas”, garantiu.

Alimentos adquiridos pelo PPA ajudaram na alimentação dos abrigos. Fotos: Marcos Vicentti/Secom

Hospitais remanejados

Uma das pastas mais afetadas nessa enchente foi a Secretaria de Saúde (Sesacre). Foi preciso ação rápida e imediata para amenizar os danos, já que ao menos dois hospitais tiveram que ser remanejados devido à enchente: Jordão e Xapuri. Ao mesmo tempo que o nível das águas aumentava, crescia também a demanda por atendimento. Também era necessário manter o serviço, que é essencial em todas as cidades, missão que, segundo o secretário da pasta, Pedro Pascoal, foi tratada como prioridade.

Os anos à frente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) garantiram que ele desenvolvesse uma resposta rápida para o desastre. Os atendimentos foram mantidos e cada município recebeu reforço em medicamentos e equipamentos naquele momento. Para o Estado, ele se tornou uma referência no trabalho humanitário nos municípios mais afastados.

Nosso hospital em Jordão foi acometido em sua totalidade. Tivemos equipamentos e insumos que foram perdidos, mas aquela população não podia ficar desassistida. De pronto, identificamos um prédio da Assistência Social do município, e agradeço o prefeito por ter disponibilizado o espaço, e levamos todos os equipamentos que tinham necessidade”, conta.

Trabalho da Saúde segue no atendimento às pessoas e empenho de recursos. Foto: Marcos Vicentti/Secom

O hospital de campanha em Jordão foi montado rapidamente e, assim que tudo estava pronto, registrou o parto de um prematuro, de pouco mais de 1,7 quilo. Na ocasião, ele foi estabilizado em Jordão para em seguida ser encaminhado para a capital.

O decreto de emergência em saúde pública foi outra medida importante, pois, desta forma, o Ministério da Saúde, entendendo que quase 90% do estado estava acometido pela cheia dos rios, enviou kits de emergência que foram distribuídos em todos os municípios.

“Dentro desses kits nós tínhamos medicamentos, antibióticos, antiparasitários, ou seja, o mínimo para atender a emergência naquele local. Esses kits foram disponibilizados não só para o município de Jordão, mas para os outros municípios que também decretaram emergência em saúde pública. Então, é uma resposta rápida do governo para garantir que uma das principais assistências não seja prejudicada”, relatou o gestor.

Insumos foram levados de avião em uma ação emergencial do governo do Estado para todos os municípios. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

Com a vazante dos rios, o trabalho da Saúde não diminui, pelo contrário, é preciso estar vigilante no aumento de doenças ligadas a fenômenos como esse.

“Nós tivemos aqui a equipe da Força Nacional do SUS, que já está com plano de ação preparado esperando o acionamento para que disponibilizem equipes, médicos e enfermeiros voltados para emergência e também para prevenção para encaminhar a esses municípios que foram afetados. A equipe do Vigidesastres também está conosco, monitorando a água de consumo dessa população e possíveis situações que possam aparecer pós-enchente, locais que possam desmoronar. Toda essa articulação nas esferas municipal, estadual e federal vem para levar assistência à população. Já temos aprovado, inclusive está creditado no Fundo de Saúde, um recurso emergencial da Secretaria de Vigilância Sanitária e Ambiental, o valor de R$ 2 milhões para execuções de rápidas ações de respostas para que a gente consiga custear ações emergenciais voltadas para alagação e também para surto de dengue, que pode ser agravado por conta desses locais onde teve água empoçada”, destaca Pascoal.

O secretário também destacou a mobilização de equipes nas cidades mais afetadas, como Jordão, uma equipe do Samu foi deslocada para os atendimentos e também os pacientes do Alto Acre, que fazem hemodiálise, foram transportados em vans até a capital para que não parassem com as sessões. Um terceiro turno foi criado para que todos pudessem ser atendidos.

Pádua, a esquerda, coordenou ações em abrigo em Santa Rosa do Purus. Foto: Neto Lucena/ Secom

Força-tarefa administrativa

O primeiro momento de grandes desastres é garantir a segurança das pessoas para que os danos humanos sejam menores. Diante da proporção, a Defesa Civil entende que o papel do Estado nessa proteção foi cumprido.

A Secretaria de Assistência Social foi uma pasta importante para o andamento de todas essas ações. Disponibilizou apoio técnico aos municípios e também recurso próprio para algumas ações específicas.

“Aportamos os recursos e aceleramos a questão das burocracias,  agilizando o atendimento aos municípios que estavam em situação de emergência. As equipes técnicas acompanharam, se deslocando, indo para os municípios e identificando o grau de comprometimento e vulnerabilidade das famílias atingidas. Disponibilizamos todo o apoio técnico dentro das orientações que se faziam necessárias para a utilização dos benefícios que estavam chegando e ainda continuam sendo enviados”, disse a secretária de Assistência Social, Zilmar Almeida.

Com as famílias retornando para as casas após a cheia, o trabalho tem sido acompanhar essa volta. “Agora é garantir que as famílias voltem em segurança para um ambiente adequado. Registro aqui a força-tarefa administrativa que fizemos para viabilizar os contratos, aquisição de marmitas, sacolão, essas coisas assim emergenciais, principalmente em alguns momentos a questão de proteínas que eram necessárias. A gente precisou realmente apressar a equipe técnica para dar a prioridade dentro das dispensas e corremos para que o fornecimento alcançasse as famílias de imediato”, pontua.

Estado esteve presente em todas as cidades. Foto: Neto Lucena/ Secom

Cuidar das pessoas

O que o governo fez durante esse período extremamente delicado foi cuidar das pessoas. Era preciso agir rápido e com humanidade. Para isso, a campanha Juntos Pelo Acre passou a arrecadar donativos para essas pessoas atingidas. O diretor de Administração e Finanças, Marcos Clay Silva, explica como foi a união de todas as secretarias. Para além da gestão, os servidores doaram não apenas o voluntariado, mas também itens que somaram nessa entrega.

“O nosso papel principal era recepcionar essas doações que partiram de vários lugares e fazer a triagem de todas essas doações, o que era água, o que era alimento, o que era de limpeza. As pessoas que traziam esses donativos eram cadastradas e preenchiam uma ficha com o nome, CPF e endereço. Tínhamos uma central bastante grande para receber essas doações. As roupas, principalmente, tinham que ser separadas porque eram infantil, adulto, masculino, feminino, e depois empacotadas”, destacou.

Donativos foram arrecadados pelo Estado e enviados aos atingidos pela cheia. Foto: Janine Brasil/Sema

A maioria dessas peças, mais de 2 mil, foi levada para os indígenas atingidos. Também foram destinadas, somente para terras indígenas, mais de 38,7 toneladas. Com a volta das pessoas para as casas os pontos de arrecadação foram encerrados, mas quem ainda quiser ajudar na campanha pode transferir valores para o PIX da campanha, que já soma mais de R$ 48 mil.

“E a gente aproveita a oportunidade para agradecer as pessoas, os voluntários; pessoas civis e jurídicas que vieram, todos com o intuito de ajudar. Cada pessoa que veio aqui teve um papel crucial. Tudo isso foi bem-vindo, foi bem recebido e, com certeza, fez diferença na vida de muitas pessoas”, destacou.

Para quem esteve à frente, pelo segundo ano, na entrega desses donativos, o sentimento é de dever cumprido, mas ainda com a sensação de que podia fazer mais, mesmo que tenha se doado por inteiro.

Equipes foram reforçadas em todas as cidades. Foto: Josciney Bastos/Secom

É o caso de Camila Lima, diretora do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Acre (Procon-AC), que ficou no ponto de distribuição montado no Casarão.

“A gente sabe que as pessoas precisam, a fome não espera, mas foi muito gratificante ver o olhar de cada uma das pessoas que recebiam. O ponto foi encerrado e, ao mesmo tempo que fizemos muito, a gente sempre fica com a sensação de que poderia ter feito mais, porque sabemos que teve gente que perdeu tudo. Fiquei feliz por ter ajudado um pouquinho e gostaria de ter ajudado ainda mais, e a minha equipe e eu, a minha presidente, estamos sempre prontas para levar um pouquinho de conforto para as pessoas que precisam”, frisou.


Notice: ob_end_flush(): failed to send buffer of zlib output compression (1) in /code/wp-includes/functions.php on line 5464