Unir a paixão pelo crochê e o amor ao próximo. Foi com este propósito que um grupo de amigas resolveu desenvolver um projeto voluntário, que beneficia crianças do Hospital do Câncer do Acre (Unacom), e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Maternidade Bárbara Heliodora.
O projeto existe há cinco meses e tem reunido 20 amigas uma vez por semana para confeccionar polvos de crochê.
Além das mulheres que trabalham confeccionando os polvos, outras dez ajudam no fornecimento de linhas de crochê, agulhas e espumas de enchimento.
A ideia surgiu na Dinamarca em 2013 e já é desenvolvida em diversas cidades do Brasil, e, agora, ganhou a capital acreana. O animal, feito em linha, proporciona maior relaxamento para o bebê, deixando-os mais calmos e seguros, pois os tentáculos do polvo remetem ao recém-nascido a sensação do cordão umbilical da mãe.
A primeira remessa da confecção totalizou 20 polvos, e foi entregue na última semana na UTI Neonatal da maternidade.
Neuza Boufleur, bióloga, uma das voluntárias, conta que o projeto surgiu após ela e o grupo de amigas terem conhecido a iniciativa por meio da internet. Desde então, esse ato de amor e carinho, tem ganhado cada vez mais adesão.
“Durante muito tempo tive vontade de realizar uma atividade dedicada às crianças, e que fosse beneficente. Foi então que ao compartilhar a ideia com as amigas, surgiu o grupo que tem como objetivo fazer o bem, além de tentar minimizar o sofrimento desses bebês que estão na UTI”, destaca.
Bárbara Guimaraes, servidora pública, é mais uma integrante do grupo. “Somos amigas com o objetivo de fazer o bem, pois muitos bebês, que chegam ao hospital, não têm roupa. Além da confecção de vestuários e do polvo, pretendemos fazer também brinquedos para tentar aliviar o desconforto causado pelo tempo que algumas crianças passam no hospital”.
Como não poderia ser diferente, a direção da Maternidade Bárbara Heliodora é só elogios e agradecimentos à iniciativa das voluntárias.
Ana Beatriz de Souza, gerente de assistência da maternidade, destaca a reação dos pais das crianças que estão na UTI neonatal. “Os pais ficaram muitos animados e felizes com a atitude, até pelo fato de ser o primeiro brinquedo do bebê. Iremos esterilizar e cada um ficará com o seu. A atitude é bem acolhedora, além de que foi feito uma pesquisa nas unidades de saúde, e foi observado que realmente o polvo tranquiliza mais os bebês, pois seus tentáculos lembram o cordão umbilical da mãe”.