Você já se envolveu ou presenciou um acidente de trânsito e não soube o que fazer? Em situações de tensão, é comum que os indivíduos fiquem sem ação. Entretanto, deve-se tomar as atitudes adequadas para que as ocorrências não se transformem em problemas ainda maiores.

A primeira coisa a se fazer, antes mesmo de solicitar socorro, é sinalizar a via com o triângulo para indicar que está obstruída: a medida visa evitar outros acidentes. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) o triângulo de sinalização deve ser colocado no mínimo a 30 metros – ou 30 passos largos – da traseira do veículo. Caso haja uma curva no meio desse perímetro, a contagem da distância deve começar após a curva. Em caso de chuva, neblina ou cerração, a distância deve ser dobrada.

Depois é necessário verificar se alguém está machucado, para chamar o socorro, ou se o acidente provocou apenas danos nos veículos”, explica o coordenador da Fiscalização de Trânsito do Detran, Jones Costa.

Nos acidentes sem vítimas o ideal é que o causador do acidente assuma a responsabilidade para que os envolvidos entrem em acordo o mais rápido possível e a via seja liberada. Porém, se não houver acordo, a orientação é manter os veículos nos locais em que pararam após o acidente e chamar as autoridades competentes pelo telefone 190.

Em caso de acidentes que não envolvam veículos oficiais, patrimônio público ou vítimas, o Juizado de Trânsito (JTran) também pode ser acionado, pelo telefone 9985-2750, todos os dias, de 7 às 22 horas.

O Jtran atua no atendimento de acidentes de trânsito no local de ocorrência, com a realização de acordos, perícias e encaminhamentos para audiências de conciliação, instrução e julgamento dos litígios relacionados a esses acidentes.

Já nos acidentes com ferimentos, a primeira coisa a se fazer é analisar o estado da vítima, tentar acalmá-la e posteriormente entrar em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por meio do telefone 192 ou 190.

“É importante sabermos o estado real da vítima para decidirmos que tipo de viatura será designada para o atendimento, já que algumas estão equipadas para atender pacientes graves e outras para pequenos traumas,” explica a coordenadora do Samu, Lúcia Carlos.

Vale lembrar que não se deve movimentar a vítima, nem dar nada para que ela beba. Essas atitudes podem agravar ferimentos e hemorragias, aumentando o risco de morte.

A curiosidade de outros condutores e transeuntes pode também atrapalhar muito um acidente e até causar outro. A orientação é para nunca parar e nem reduzir demais a velocidade para ver melhor um acidente.