O Acre tem avançado nas suas políticas socioambientais e diversificado a sua produção desenvolvendo a economia rural de baixas emissões de gases de efeito estufa, e a alta valoração social respeitando a identidade produtiva dos povos e comunidades tradicionais. Mas como acompanhar esses números que demonstram esses avanços e essa transição para economia verde?
A partir de um banco de dados confiável, a nível federal e internacional, organizados em um plataforma que contempla as áreas social, econômica e ambiental do Estado, é possível acessar informações sobre as políticas implementadas no Acre. Trata-se de uma Plataforma de Monitoramento de Desempenho Territorial do Estado (TPS), fruto da cooperação técnico científica da ONG Earth Innovation Institute (Instituto de Inovação da Terra) com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre (Sema), por meio da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais (CDSA).
Esta importante ferramenta de diálogo, transparência e democracia no processo de desenvolvimento do Acre será apresentada no Amazon-Bonn, evento paralelo a Conferência do Clima (COP23), dia 14, no Museu Contemporâneo de Bonn, Alemanha, Realizado pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil e o Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, com apoio do Ministério para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico da Alemanha (BMZ), do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES)/Fundo Amazônia e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
Acessando a plataforma TPS, acreppp.org, é possível encontrar os indicadores de desmatamento que registrou uma redução de 66% no período de 12 anos, aumento da produção da castanha, hoje um dos maiores produtores do Brasil, e outros.
A difusão das informações das cadeias produtivas do estado para atrair investimentos em produtos que preconizam o desenvolvimento humano associado à conservação das florestas também é um dos objetivos da TPS. A demanda do mercado atual busca produtos com selo de responsabilidade socioambiental agregado.
O conceito definido para a TPS Acre, “Floresta Habitada, Produtiva e Conservada”, reflete sobre a identidade deste estado amazônico, a partir do legado de Chico Mendes, demonstrando que é possível aliar conservação florestal e desenvolvimento econômico.