Nesta terça-feira, o Acre comemora 112 anos da assinatura do Tratado de Petrópolis, documento de intenção que oficializou a permuta e finalizou uma disputa entre o Brasil e a Bolívia em 17 de novembro de 1903 pelas terras onde hoje se localiza o estado do Acre.
O documento foi assinado como forma de encerrar os conflitos da Revolução Acreana, que ocorriam na região.
Apesar de pertencer à Bolívia, a então região do Acre era ocupada por seringueiros brasileiros em plena época da extração da borracha. A situação gerou conflitos com os bolivianos, donos legais da terra, e deu origem à Revolução Acreana, que só terminou em 1903, após a disputa de forças armadas comandadas por Plácido de Castro.
O Tratado de Petrópolis, negociado pelo Barão do Rio Branco, encerrou a tensão na região e formalizou a incorporação do Acre Brasil.
Com esse acordo, o Brasil pagou à Bolívia a quantia de 2 milhões de libras esterlinas e indenizou o Bolivian Syndicate em 110 mil libras esterlinas pela rescisão do contrato de arrendamento, firmado em 1901 com o governo boliviano.
Em contrapartida, o governo boliviano cedia algumas terras no Amazonas e comprometia-se a construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré para escoar a produção boliviana pelo Rio Amazonas.