No Dia Mundial da Alfabetização, comemorado nesta quinta-feira, 8, o Acre consolida-se como um dos estados que mais têm contribuído com a erradicação do analfabetismo no país.

Em mensagem emitida ainda pela manhã por Irina Bokova, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a instituição mencionava que “vários movimentos estão em curso no mundo para melhorar as oportunidades de alfabetização de homens e mulheres”.

E o Acre não poderia estar indiferente a esse levante. O estado entrou para a vanguarda do esforço global contra o analfabetismo ao lançar, em junho do ano passado, o programa Quero Ler, que já se tornou referência para jovens e adultos que estavam fora da escola.

A Unesco anuncia que no planeta ao menos 758 milhões de adultos não são capazes de ler ou escrever uma frase simples, e dois terços deles são mulheres. “Na periferia da aldeia global, essas pessoas não recebem nenhum dos benefícios da globalização e sofrem todos os seus custos.”

No Acre, no entanto, essa realidade começa a ser mudada. A Pesquisa Nacional por Amostras em Domicílio de 2016, do IBGE, deverá mostrar, por exemplo, uma redução de 14,5% para 13% da população analfabeta, em comparação a 2015.

Serão ainda 77 mil pessoas a serem alfabetizadas – um desafio que é encarado pela atual administração estadual com seriedade e determinação.

“Educar uma pessoa é muito mais importante do que qualquer outra atividade humana, porque todas as demais atividades, para serem colocadas em prática, precisam da primeira. É um desafio grande, sobretudo, na atual conjuntura política que atravessa o país. Mas o programa Quero Ler está aí para contribuir com a formação de cidadãos mais críticos e independentes”, ressalta Marco Brandão, secretário de Estado de Educação e Esporte do Acre.

No Dia Mundial da Alfabetização, é importante frisar que a administração do governador Tião Viana adotou para si uma meta audaciosa, porém, perfeitamente possível: zerar no Acre o analfabetismo no estado até 2018.

E os números por si só dão o tom de como anda o programa Quero Ler no estado. Somente em Rio Branco, já são mais de 320 turmas de 15 alunos cada uma, em média.

Outras 53 turmas foram lançadas mês passado em Cruzeiro do Sul, com a presença do governador Tião Viana e do secretário Marco Brandão.

Em Tarauacá, 33 novas turmas foram instaladas, das quais 29 são destinadas à zona rural. E são 48 salas em Feijó. Por isso, somadas as salas de aulas de todas as cidades do Juruá, elas chegam a 132.

Trata-se de um esforço louvável na busca por uma sociedade mais justa em favor da autoestima de milhares de homens e mulheres.