Unindo forças por um bem comum: combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. Essa é a proposta da ação integrada iniciada nesta terça-feira, 19, em Brasileia, durante reunião entre gestores da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), das secretarias de Saúde de Brasileia e Epitaciolândia e do Departamento de Pando, na Bolívia.
Marize Lucena, secretária-adjunta de Atenção à Saúde da Sesacre, esclareceu que a ideia é reduzir o índice de infestação predial na região de fronteira, por isso, a ação integrada envolve, além dos gestores municipais, as autoridades bolivianas. Essa integração foi uma das diretrizes definidas na Sala de Situação e Controle no Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, criada pelo governo do Acre.
“Os profissionais de Vigilância Epidemiológica da Sesacre estão aqui para auxiliar as equipes municipais, ajudar a planejar as ações. Assim, com certeza, nós vamos obter maior sucesso nessa guerra contra o mosquito”, observou a secretária-adjunta.
No encontro, o representante da Defesa Civil do Estado, coronel Carlos Batista, apresentou as atividades que devem ser adotadas pelos municípios, de acordo com o que recomenda o Ministério da Saúde (MS). Entre as ações, estão visitas residenciais feitas por agentes de endemias e distribuição de larvicidas.
James Andrade, secretário de Saúde de Epitaciolândia, aprovou a iniciativa do governo do Estado ao ofertar auxílio aos municípios. “O que está acontecendo agora é de suma importância para unirmos forças, em todas as esferas de gestão, para combatermos essas doenças que estão assustando a população do nosso país. A preocupação aqui é maior porque estamos em uma área de fronteira”, disse o gestor.
A preocupação se estende além da fronteira. No Departamento de Pando, na Bolívia, de acordo com o secretário de saúde da região, Ryber Burgos, foram confirmados cerca de 100 casos de febre chikungunya. Burgos revelou que, assim como no Brasil, a maioria dos focos do mosquito Aedes aegypti está dentro das residências.
“Ainda temos dificuldades de entrar nas casas para fazer essa vistoria. Na Bolívia, precisamos das forças policiais para entrar nos lugares e fazer a verificação. Essa oportunidade que temos aqui é muito boa para trabalharmos em conjunto e evitar que a população da fronteira sofra ainda mais. Precisamos evitar que o zika vírus chegue ao Acre e à Bolívia, e vamos trabalhar para isso”, concluiu Burgos.