Pioneiro na construção e sistematização das contas econômicas ambientais de um governo subnacional no mundo, o Acre dá mais um passo na consolidação da política de desenvolvimento sustentável.O evento, que reuniu gestores acreanos que lidam com a temática, abordou a nova metodologia criada pela Comissão de Estatística das Nações Unidas, em 2012, sendo o primeiro padrão estatístico internacional de contabilidade ambiental e econômico, conhecido por Sistema de Contas Econômicas Ambientais (SCEA). Esse novo padrão aprimora o Produto Interno Bruto (PIB) tradicional, com a inclusão do poderio econômico florestal resultando no PIB Verde, como ficou conhecido.
Magaly Medeiros, diretora-presidente do IMC, destacou que “Essa metodologia, coordenada pelo IBGE, é inovadora no Brasil. O Acre vai servir de piloto, sendo o primeiro estado subnacional do mundo a desenvolver contas ambientais, já desenvolvidas por países como México, Holanda, Austrália, Colômbia e Costa Rita. Contudo, no contexto subnacional, o Acre sai na frente mais uma vez”, salientou a gestora.
A relevância desse trabalho das contas para o meio ambiente é alta, tendo em vista a atual conjuntura mundial de escassez dos recursos naturais, seja pelo excesso do uso seja pela utilização com pouca consciência de valor dos ativos ambientais, é o que explica o diretor da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais (CDSA), Dande Tavares.
“O Brasil possui a lei do PIB Verde, o que é uma inovação. Contudo, é importante que a gente possa cada vez mais discutindo isso nos estados, como é o caso do Acre, para que a sociedade se aproprie do seu capital natural. Nós possuímos 87% de floresta e isso representa uma série de ativos, portanto, essas contas ajudam a mensurar esse patrimônio”, salientou Tavares.