Com a marca de 92,69% de inquéritos policiais resolvidos, a Polícia Civil do Acre, conforme resultado de pesquisa realizada pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, com apoio da Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol) do Brasil, figura como a segunda do ranking brasileiro que mais elucida crimes, ficando atrás apenas do Maranhão (98,48%). O estado com o pior índice nacional foi o Espírito Santo (26%).
De acordo com a Adepol, considerou-se o marco temporal para a pesquisa, que foi divulgada no último dia 4, o período entre os anos de 2018-2020, conforme a base de dados fornecida por cada instituição, realizando-se uma mediana final com base em todos os dados compilados de todos os Estados.
Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Paulo Cézar Rocha dos Santos, “apesar de incentivadores, para a própria polícia, e relevantes, para a população do Acre, os números apontados pela pesquisa não me surpreendem. Digo isso pelo fato de ser conhecedor do grau de profissionalismo e da qualidade dos integrantes da Polícia Civil acreana. Isso faz a diferença”.
Ainda sobre o resultado, o titular da Sejusp, ao mencionar a contratação recente de mais de 300 novos profissionais para a Polícia Civil, por parte do Estado, fez questão de apontar “a sensibilidade e o compromisso do governador Gladson Cameli com as forças de segurança do Acre e, consequentemente, com a tranquilidade da nossa população. Sem dúvidas, esse é um outro fator determinante para o expressivo resultado”.
A pesquisa
A partir de requerimento da Presidência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, foi realizada uma pesquisa pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, com os 26 estados do Brasil mais o Distrito Federal a fim de se levantar o índice de resolutividade dos inquéritos policiais nas polícias civis de cada ente e outras questões correlata.
A métrica adotada para tal estudo baseou-se em fontes oficiais com dados fornecidos diretamente por cada instituição policial demandada, de acordo com a metodologia aplicada e os quesitos apresentados, sendo, pois, um substrato documental trazido pelos departamentos estatísticos das instituições, não havendo qualquer viés ou inclinação para determinada conclusão.
Os quesitos objetivamente apresentados a cada instituição policial foram vinculados à existência de algum índice de resolução de inquéritos policiais em base anual na Polícia Civil. Caso existente, qual foi o indicador de resolutividade considerando a proporção entre inquéritos instaurados e relatados e quais os indicadores de resolutividade de inquéritos de crimes de homicídio, patrimônio e violência doméstica, considerando o mesmo parâmetro de aferição.