Falar em coleta e industrialização de castanha é contar um pouco da história da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), que aproveitou todos os incentivos dados pelo governo do Acre e hoje é a maior cooperativa de extrativistas do país, atendendo direta e indiretamente mais de quatro mil famílias e industrializando toda a castanha coletada no Acre e de estados como Rondônia, Amazonas e Pará.
A Cooperacre detém um patrimônio de cinco indústrias para beneficiamento de castanha, borracha e de polpas de frutas, além de armazéns em comunidades extrativistas para estocagem de produtos, e recebe incentivos do governo para melhoramento da cadeia produtiva, infraestrutura e logística.
Também inaugura nos próximos dias a maior indústria de beneficiamento de castanha do país. Orçada em R$ 10 milhões, tem capacidade de processar mil toneladas de castanha/ano e empregar mais de 100 pessoas. Com toda essa estrutura, o Acre se firma como um dos estados brasileiros que mais beneficia castanha no país, com cerca de duas mil toneladas/ano.
Todo esse patrimônio pertence a mais de mil famílias de extrativistas, sócias da Cooperacre. Segundo Manoel Monteiro, superintendente da cooperativa, metade da receita é destinada aos sócios, na compra da matéria-prima.
“Nossa prioridade são os sócios. Pagamos muito bem pela matéria-prima. Diria que mais de 50% da receita da cooperativa é destinada a eles. Dessa forma, vamos fortalecendo a empresa e aquecendo a economia na floresta”, afirma Monteiro.