O resultado da primeira avaliação feita pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) sobre o cumprimento das metas da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron) foi positivo para o Acre. Para o tenente Gileno Eusébio da Silva, técnico do Ministério da Justiça que coordena este acompanhamento, “o Acre está com o sinal verde enquanto muitos estados já acenderam as luzes amarelas e vermelhas”.
Nesta quinta-feira, 23, durante reunião com o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp) os resultados da avaliação feita pelo técnico do Ministério da Justiça foram discutidos. Os principais pontos observados durante as vistorias de avaliação é se os bens e equipamentos – incluindo os veículos – destinados para o Enafron estão realmente nos municípios de fronteira, uma exigência do governo federal.
“O Acre, para nós, não é uma preocupação. Tem estados que não têm uma filosofia de trabalho integrado, o que dificulta muito a execução das ações, onde a PM [Polícia Militar] e a Polícia Civil, por exemplo, são rivais. Não é o caso do Acre, onde tudo funciona de forma integrada e facilita os resultados positivos”, observou o tenente Gileno, alertando que estados que insistirem em manter a rivalidade vão sentir a diferença no repasse dos recursos.
A próxima visita de avaliação será em março. “Somos o terceiro estado melhor avaliado pelo Enafron e só perdemos para Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, em número de câmaras temáticas e distribuição dos equipamentos nos municípios, e isso é importante como critério positivo na hora da divisão dos recursos”, explicou o interlocutor da Enafron no Acre, Alberto Paixão.
Atuação da Enafron no Acre será ampliada
Os bombeiros militares, que antes não faziam parte da política do Enafron e, portanto, ficavam fora dos recursos e investimentos, passam a ser contemplados. O secretário de Segurança Pública, Reni Graebner, acrescentou que, além de integrarem o Sisp, os bombeiros terão, a partir deste ano, fatores de mensuração dentro do plano de metas da segurança, com critérios a cumprir. “Eles já são considerados e tratados como grandes parceiros no Acre”, disse.
A partir dessa visita todos os municípios acreanos passam a integrar a política da Enafron, com exceção da capital acreana. “No início foi preciso eleger prioridades e alguns municípios ficaram de fora das ações diretas. Mas agora os bens poderão ser remanejados e novas cidades serão incluídas, afinal, os 22 municípios integram o que chamamos de faixa de fronteira”, disse o técnico do Ministério da Justiça.