Cuidar do meio ambiente envolve uma série de ações responsáveis, disso ninguém duvida. Mas como mensurar a porção de responsabilidades que cabe a cada um, quando o assunto envolve a manutenção de recursos necessários a todos? E se pudéssemos, além disso, calcular com eficácia as responsabilidades de um grupo, de uma comunidade, ou mesmo de uma cidade inteira, no que se refere ao meio ambiente?
Tal possibilidade existe e chama-se “Pegada Ecológica”, um programa de fácil acesso disponibilizado pelo WWF-Brasil. Em resumo, o programa calcula o saldo negativo que a maioria das pessoas ou mesmo países acumulam por meio de seus hábitos de consumo, comprometendo a capacidade de sobrevivência da humanidade e a manutenção da vida no planeta.
Com a intenção de calcular a “Pegada” do Acre e utilizar os dados obtidos como subsídios de gestão ambiental regional e urbana, o programa Água Brasil, uma iniciativa do Banco do Brasil, da WWF e da Agência Nacional das Águas (ANA), em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre e a Prefeitura Municipal de Rio Branco (Semeia,) realizou nesta quinta, 26, o evento de lançamento e a Oficina de Resultados da Pegada Ecológica no Acre, no auditório do Horto Florestal.
Os resultados, discutidos por representantes de diversos setores da sociedade, apontaram para o fato de que, se todas as pessoas do planeta consumissem de forma semelhante aos acreanos, seria necessário 1,3 planeta para sustentar seus estilos de vida.
Embora seja maior que a biocapacidade planetária, a Pegada acreana é 20% menor que a média brasileira e 13% menor que a média mundial. Os recursos ecológicos necessários à alimentação e aquisição de bens (vestuários, mobílias e artigos de recreação) são, atualmente, os principais “vilões” responsáveis pelo saldo negativo.