“Se não houver quem consuma, aquele que vende terá que buscar outra coisa para fazer.” Assim, o tenente José Adriano da Silva começa a explicar os princípios que norteiam o Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência (Proerd), que nesta semana já forma a sexta turma de instrutores acreanos.
Na formação, os 20 policiais militares (entre soldados e sargentos) foram orientados sobre o conteúdo do material e a realidade das escolas onde o programa se aplica. Apostilas, álbuns seriados, adesivos e cartilhas, produzidos em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE), são os instrumentos para a abordagem de estudantes.
No Acre, a prioridade tem sido dada a alunos que estejam no quinto ano. A intenção é de que o programa consiga atender a todos os municípios do estado, para este ano, deve chegar a 150 escolas distribuídas em Acrelândia, Brasileia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Manoel Urbano, Porto Acre, Rio Branco e Santa Rosa.
O soldado João Barros veio ao Acre para acompanhar a edição deste ano. O militar é pedagogo e atua no núcleo do Rio Grande do Norte. Ele apresenta detalhes do trabalho feito com os militares aqui no estado e fala do objetivo de interromper o ciclo do consumo e a busca por mostrar aos jovens que são donos de sua própria escolha.
“O programa está voltado a uma visão de cidadania. Quando trabalhamos o desenvolvimento integral da pessoa é com a intenção de que o jovem perceba que não é apenas uma questão de dizer não à droga, mas de perceber que a vida dele se compõe de coisas maiores”, afirma Barros.
Essa turma de instrutores durante duas semanas participou do curso de formação e esteve na quinta-feira, 15, na etapa de estágio. Distribuídos em seis escolas da capital, eles tiveram a oportunidade de testar as orientações recebidas. Em todo o estado existem mais de 100 pessoas capacitadas.