Em reunião realizada nos dias 26 e 27 de março, em Rondônia, representantes do Bloco I para certificação de zona livre de aftosa sem vacinação, composto por Acre, Amazonas, Mato Grosso e Rondônia, chegaram à decisão consensual de readequar para o mês de novembro deste ano a etapa final de vacinação contra febre aftosa.
Segundo o diretor técnico do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), Jessé Monteiro, a decisão foi tomada após uma análise das ações do Plano Estratégico Para Erradicação da Febre Aftosa por parte dos representantes de todos os estados do bloco, onde ficou notada a necessidade de repactuação do calendário inicialmente proposto para a certificação de zona livre de aftosa sem vacinação.
Com isso, ficou determinado que o ano tenha duas campanhas de vacinação contra aftosa, a primeira em maio e a segunda em novembro. A expectativa agora é que os estados do Bloco I recebam a certificação de zona livre da aftosa sem vacinação em maio de 2020.
O Acre é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal como zona livre de aftosa há quase 14 anos em virtude dos resultados exitosos de suas políticas de defesa e inspeção animal. Por isso, o estado foi escolhido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como um dos primeiros a receber a certificação de zona livre sem precisar mais de vacinação.
Entre as vantagens da retirada estão a redução de perdas na produção leiteira e de carne devido aos deslocamentos de rebanhos e de manejo. A certificação também facilita o acesso a mercados atraentes do circuito não aftósico e gera uma economia de R$ 800 milhões anuais somente na compra da vacina em todo o país.
Acre livre de aftosa
Em 2017, o Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), registrou o índice recorde de cobertura vacinal, com 99,18% do seu rebanho vacinado. Já em 2016, foi classificado pelo Mapa com o maior percentual de eficiência vacinal do país.
Com o pleito à zona livre de aftosa sem vacinação – o maior status sanitário, em relação à enfermidade –, o estado visa expandir sua área de comércio.