Situado na Região Norte do país, o Acre possui uma história de luta e resistência das populações tradicionais – índios, extrativistas, ribeirinhos e agricultores familiares – em defesa e proteção do meio ambiente.
Ideologia reproduzida pelo governo do Estado que executa uma política de desenvolvimento sustentável que reflete na melhoria da qualidade de vida dos acreanos e crescimento socioeconômico da região.
Com 87% de floresta nativa, o estado concentra 22 Unidades de Conservação (UCs) e 36 Terras Indígenas reconhecidas – 47,9% do território protegido por lei.
Em curso de seu segundo mandato, o governador Tião Viana aposta na valoração do capital florestal, adotando como slogan de sua gestão “Acre: Floresta Habitada, Produtiva e Conservada”.
Do total de UCs, três são de proteção integral: Estação Ecológica do Rio Acre, Parque Nacional da Serra do Divisor – geridas pelo governo federal –, e Parque Estadual do Chandless (segundo maior da Região Norte), gerenciado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
As outras 19 são de uso sustentável, ou seja, admitem a presença de moradores, que compartilham da conservação da natureza com o uso racional dos recursos.
O governo é responsável por oito Unidades de Conservação Estadual: Chandles; Florestas Estaduais do Antimary, do Rio Gregório, do Mogno e do Rio Liberdade; Área de Relevante Interesse Ecológico Japiim Pentecoste; Áreas de Proteção Ambiental Igarapé São Francisco e Lago do Amapá.
“Aproximadamente metade do território acreano é composto por áreas protegidas, onde a Sema visa a conservação e uso sustentável pelos comunitários”, explica a coordenadora do Departamento de Áreas Protegidas e Biodiversidade, Cristina Lacerda.
Uma nona UC Estadual se encontra em processo de criação. O anuncio desta unidade foi dado durante a 21° Conferencias das Partes (COP 21), promovida em 2015, em Paris, na França. A Floresta Estadual Afluente/Jurupari fica localizada entre Manoel Urbano e Feijó, possui uma área de 155 mil hectares.
Floresta produtiva
Para garantir a geração de emprego, renda e qualidade de vida das populações da floresta, o governo do Acre tem direcionado recursos que impulsionam o crescimento produtivo nas unidades de conservação.
Somente no Complexo de Florestas Públicas do Rio Gregório e entorno, o Estado injetou R$ 36,6 milhões no fortalecimento da cadeia de produtos florestais madeireiros e não madeireiros; instrumentalização das associações e cooperativas de produtores e extrativistas; formação e apoio aos grupos indígenas de agentes agroflorestais; implantação de fábricas de beneficiamento de produtos florestais, para extração de óleos; bônus de manejador florestal e na construção de habitações rurais.
A Reserva Extrativista Chico Mendes, que é de responsabilidade do governo federal, recebeu R$ 35 milhões de investimentos do Estado, nas áreas de infraestrutura, saneamento e produção sustentável.