Mesmo com a dificuldade de aquisição de insulina, medicamento indicado para o tratamento do diabetes mellitus tipo 1, que afeta de 5% a 10% das pessoas diagnosticadas com a doença, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), recebeu nesta quarta-feira, 24, o equivalente a 485 unidades de insulina do Ministério da Saúde (MS), fruto de um remanejamento do estoque existente do estado de Pernambuco.
A pasta federal relatou que o país enfrenta um cenário de falta de produção nacional de insulina análoga de ação rápida de forma sustentável e capaz de atender às necessidades. O Ministério da Saúde anunciou ter assinado um contrato de aquisição emergencial de 1,3 milhão de tubetes de insulina análoga de ação rápida (molécula asparte) para garantir o abastecimento da rede no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com Marcelo Xavier, chefe do Departamento de Assistência Farmacêutica, chegou um quantitativo para atender em torno de dois meses, aos pacientes cadastrados.
“A previsão do Ministério de Saúde é que o primeiro lote da compra emergencial deva ser entregue no dia 9 de julho. Solicitamos desse novo lote o quantitativo para três meses. Já essa remessa que chegou é da redistribuição dos estados”, destacou o gestor.
O Ministério da Saúde tem tentado antecipar a entrega de parte do lote. A insulina rápida é aplicada diretamente na pele do paciente com diabete, por meio de uma caneta injetora, e age em menos de 15 minutos, fazendo com que o açúcar no sangue volte aos níveis adequados. Por isso, é fundamental para manter a saúde dos diabéticos sob controle.
No Brasil são 16,8 milhões de adultos com diabetes. O país é o quarto com maior incidência da doença no mundo. O MS informou, ainda, que as insulinas regulares mais consumidas estão em estoque adequado, e o caso da insulina análoga de ação rápida está sendo tratado com máxima prioridade junto aos fornecedores.