Febre alta, dor na cabeça e atrás dos olhos, manchas e erupções na pele, náuseas, vômito e tonturas. Esses sintomas são bem conhecidos por quem já foi acometido pela dengue, doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que tem o verão como período de maior transmissão.
De acordo com Antônia Zacarias Campelo, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), os primeiros casos de dengue ocorreram em 1995, em Rio Branco. Entretanto, somente no ano 2000 foram registrados os primeiros casos autóctones, ou seja, com origem local.
“A partir desse ano, a doença se manifestou de forma endêmica com o registro de sete epidemias, nos anos de 2000, 2004, 2005, 2009, 2010, 2011 e 2014, havendo inclusive, a ocorrência de casos de dengue com sinais de alarme, dengue grave e óbitos”, relembra Antônia Zacarias.
No Acre, os casos notificados, historicamente, começam a aumentar nos meses de outubro a novembro, devido à alta densidade pluviométrica.
“Com as chuvas, a atenção da população deve ser redobrada. A falta de cuidados com quintais e depósitos que possam acumular água pode significar um aumento na oferta de criadouros para o mosquito transmissor, que também é vetor da febre chikungunya e zika vírus”, alerta a gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e Controle de Endemias da Sesacre, Thayna Holanda.
Redução
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica Estadual, de janeiro a outubro de 2015, o estado notificou 12.414 casos suspeitos de dengue. Comparado com igual período de 2014, quando foram registrados 23.999 casos suspeitos, observa-se uma redução significativa de 48,2% de casos notificados.
O município de Cruzeiro do Sul concentra 62,2% dos casos suspeitos da doença, acumulando um total de 7.644 notificações de janeiro a outubro de 2015. A capital Rio Branco concentra 26,1% das notificações do estado (3.216 casos suspeitos notificados, com 311 casos confirmados).
Febre chikungunya e zika vírus
Tidos como parentes distantes da dengue, a febre chikungunya e o zika vírus tiveram os primeiros casos registrados no Brasil em 2014 e 2015, respectivamente. No Acre, não há casos confirmados das doenças. Em 2015, foram notificados quatro casos suspeitos de chikungunya, no entanto, todos foram descartados por exame laboratorial. Em 2014, não houve notificações.
Embora haja semelhança entre as três doenças, há particularidades que diferenciam cada uma delas: