Ter bons hábitos alimentares como consumir alimentos ricos em nutrientes, ferro e vitaminas proporciona saúde ao corpo, protegendo de doenças infecciosas. Isso é recomendável para adultos, mas quando se trata de crianças em fase de crescimento, o cuidado com a alimentação precisa ser ainda maior.
Por isso, nesta quinta-feira, 28, na Fameta, coordenadores de saúde, enfermeiros e nutricionistas participam da oficina de revisão e elaboração de guia alimentar infantil.
A oficina é baseada nos conceitos de uma alimentação saudável para menores de 2 anos de idade. Apresentação do guia alimentar, rodas de conversas e exposição de ideias que podem compor o instrumento de alimentação que será disponibilizado para todas as regiões do Brasil, foram tópicos do evento.
De acordo com Fernanda Martins, nutricionista e professora da Universidade Federal do Acre (Ufac), a participação de todos os estados brasileiros na revisão de elaboração do guia alimentar é importante, por causa das mudanças nos hábitos alimentares da população ao longo dos últimos anos.
“É válido essa consulta pública que tem acontecido em todo país, com diversos profissionais que atuam na assistência de uma alimentação saudável de menores de 2 anos. A publicação desse guia alimentar é importante, pois adequa as mudanças na alimentação que ocorreram desde a ultima edição publicada, no ano de 2010”, afirma Fernanda.
A revisão do guia alimentar é organizada pela Secretaria Estadual de Saúde, por meio da divisão de Alimentação e Nutrição, e conta com o apoio do Ministério da Saúde (MS) que vem realizando oficinas como essa em todas as regiões do Brasil.
Segundo a técnica da coordenação geral de alimentação e nutrição do MS, Isabel Diefenthaler, é importante que toda família esteja envolvida na alimentação da criança. “O guia alimentar também orienta como é importante a amamentação para a criança, e principalmente para aquelas mães que estão com dificuldades em amamentar seus filhos”, destaca.
O intuito é que, após a publicação do instrumento, cuidadores, profissionais de saúde e principalmente os pais da criança, por meio de uma linguagem mais acessível possam ter diversas informações nutricionais de acordo com a região em que residem.
Cristiano Gomes, de Santa Rosa do Purus, afirma que a oficina é importante por acrescentar a cultura da população indígena que reside no município. “Esta oficina nos favorece porque aprendemos a forma sobre como abordar as pessoas. Nos casos dos indígenas, por exemplo, temos mais instrumentos para vencer a resistência cultural com os outros alimentos.”