Nos últimos anos, o Acre tem aumentado cada vez mais sua produção de milho, passando de 57 mil toneladas em 2009 para uma estimativa de 119 mil toneladas na safra 2013/2014 (números do Ministério da Agricultura). Ao todo, nossa produção de agricultura saiu de R$ 193 milhões para R$ 564 milhões. Os louros desse trabalho são de produtores, que de sol a sol cultivam o grão de Epitaciolândia a Senador Guiomard.
Há seis anos morando no Acre, Adriana dos Reis diz não se arrepender em nenhum momento da mudança. “Aqui, tudo o que se planta produz, produz bonito e sadio. Dá uma rendinha boa”, reconhece. No Projeto de Desenvolvimento Sustentável Nova Baixa Verde, na BR-317, em Senador Guiomard, a família de Adriana e mais outras seis cultivam, em parceria, sete hectares de milho, que estão prestes a serem colhidos.
Para intensificar o trabalho, há um ano a família buscou apoio da Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Seaprof) para o financiamento de um trator, que, conforme a expressão popular, é uma mão na roda. “A gente usa o trator pra tudo. Sem ele não tinha como plantar tudo isso”, diz Adriana.
A plantação na área é diversificada: milho, coco, abobrinha, melancia, banana e maracujá. A agricultora começa a estampar mais o sorriso quando diz, com orgulho, o que é possível conseguir com o trabalho: “Plantamos meio hectare de abobrinha. Quando tirarmos, deve dar uns R$3 mil. Tive um plantio de jiló, aqui, por dois anos e meio, e tirava R$ 600 por semana. E ninguém dava um real por essa aposta”.
Agora, para a comunidade da Nova Baixa Verde e para o Estado, a aposta é o milho, especialmente com o estabelecimento da Fábrica de Ração do Complexo de Piscicultura e com a criação de aves e suínos no Alto Acre, que irão demandar muito mais do grão para a ração dos animais.