No quilômetro 48 da Transacreana, no Ramal Boa Vista, o piscicultor José Augusto Pinheiro vive com a família. De aproximadamente 80 hectares de terra e dos tanques de alevinos e de engorda de peixes, o produtor vislumbra um futuro bem próximo com mais rentabilidade para a cadeia produtiva. Segundo ele, “o Complexo de Piscicultura era o sonho de todos os produtores”.
Augusto conta que há alguns anos era difícil pensar na criação de peixes como atividade econômica, já que não havia opções para a compra da ração, e os meios alternativos não garantiam muito retorno. Com o incentivo do governo, que criou políticas voltadas para o ramo, os piscicultores do Acre veem as possibilidades de multiplicar a produção, diversificar as espécies e ter mais lucros.
O centro de reprodução de alevinos do Complexo de Piscicultura tem capacidade para produzir por ano dez milhões de surubins, tambaquis e piaus, além de 350 mil pirarucus. “Hoje temos uma opção segura de compra de alevinos de boa qualidade, um local que vai oferecer desde a ração até o frigorífico”, diz o produtor.
Ao todo, são 11 tanques na propriedade do piscicultor. A expectativa é de que se retirem entre 15 e 20 toneladas de peixe por ano. “Com a venda garantida da produção, nossa vontade é ampliar a lâmina d’água com a construção de mais tanques. Agora temos coragem para investir”, conclui Pinheiro.