Na primeira Praça da Juventude construída pelo governo na Cidade do Povo, o que não falta é opção de esporte e lazer. As artes marciais são exemplo de que os jovens estão cada vez mais interessados em modalidades que estimulam a defesa pessoal, o exercício do respeito com outros indivíduos e a disciplina.
É lá que o treinador de jiu jítsu Ray Perez reúne de 20 a 30 jovens e adolescentes todas as segundas, quartas e sextas-feiras, das 8 às 12 horas.
De acordo com Perez, o projeto, que já vem sendo executado há dois meses, mantém o foco na comunidade em geral, priorizando aqueles que moram e estudam na Cidade do Povo. “O que nós percebemos é que a maioria nunca tinha tido contato com as artes marciais, e para um projeto que começou há pouco tempo, a procura foi surpreendente, algo fundamental, sobretudo, para ressocializar jovens e adolescentes”, comenta.
Por ser um esporte com sistema pedagógico, que trabalha desde a área psicológica à coordenação motora, com a aplicação de técnicas precisas e não de força, principalmente, que não apresenta riscos de lesões, no local o público feminino é mais representativo que o masculino. “É um esporte que atrai muitas adolescentes aqui na Cidade do Povo, bem mais que o público masculino”, completa o treinador.
Gabriela Silva morava no bairro da Base. Depois de conhecer o mundo das artes marciais, conta que seu objetivo agora é participar de campeonatos e conquistar medalhas. “Isso aqui foi uma oportunidade para mim, assim como para outras pessoas. Porque quando as pessoas têm oportunidades, é mais difícil se envolverem com coisas erradas”, frisou.
Na Praça da Juventude também são oferecidos cursos técnicos em parceria com o Senac, danças de salão e capoeira, além de disponibilizadas quadras de esporte. Os interessados podem procurar a coordenação no local.
Entre todas as atividades realizadas na praça, que é administrada pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), são atendidas em média 350 pessoas.