Nos últimos quatro anos, o artesanato acreano vem ganhando destaque no cenário nacional. O último ranking divulgado pela coordenação do Programa Nacional de Artesanato (PAB), o situa como líder de vendas por sua participação na 28ª Feira Nacional de Artesanato Mãos de Minas, realizada entre 5 a 10 deste mês em Belo Horizonte.
20 estados se inscreveram na Feira Nacional de Artesanato Mãos de Minas, a PAB, para que cada um expusesse o que há de melhor em produtos típicos de sua região. É a terceira vez que o Acre participa da Mãos de Minas. São nos espaços de feiras e vitrine e negócios que o setor tem alcançado os três melhores lugares em comercialização de produtos nos últimos anos.
Entre os participantes, o Acre foi o que teve a maior número de produtos vendidos. No estande dos acreanos foram comercializados 16% do faturamento total dos espaços comerciais do PAB. O segundo colocado comercializou 8% (Minas Gerais), seguido por Sergipe 6%; Alagoas 6%; e Mato Grosso do Sul. O faturamento do estande do Acre foi de mais de R$ 137 mil.
O resultado positivo se deve a uma política de fomento ao setor desenvolvida pelo governo do Estado com o Programa do Artesanato Acreano, executado pela Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN) e o gabinete da primeira-dama Marlúcia Cândida com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Acre.
Design contemporâneo
Dez artesãos levaram seus produtos à feira. O mix era composto por peças com design original marcado com traços e elementos da identidade amazônica. Todo o trabalho é fruto das clínicas de design, parte da formação do programa e desenvolvidas em parceria com o Sebrae.
Como valor da economia criativa, o Programa de Artesanato apresenta a marca Acre, Made in Amazônia. A ideia é trabalhar o desenvolvimento do produto utilizando a matéria-prima da floresta aliado a um design contemporâneo e identidade, além de agregar valor e sustentabilidade. O tripé envolve: formação, produção e difusão.
“É importante incorporar estes aspectos como mais um diferencial para agregar valor ao produto. Uma peça carrega muitos traços, da história à sensação de pertencimento de um lugar. Com a valorização do nosso artesanato afirmamos a nossa identidade e fortalecemos a cadeia produtiva do setor. Hoje sabemos que podemos competir de igual com estados que há anos vem desenvolvendo uma política para o setor, como Pernambuco e Minas. Os artesãos só têm a comemorar pelo resultado”, comentou Marlúcia Cândida.
Segundo a coordenadora do Artesanato Acreano, Marilda Brasileiro, desde o primeiro dia de feira o Acre alcançou as melhores vendas e o resultado é fruto de todo um compromisso do governo em promover o setor.
“Levamos produtos novos desenvolvidos a partir das clínicas de design. Como as feiras abrem com visitas de lojistas é uma oportunidade de apresentar o mostruário e tirar pedidos. Com as feiras já fidelizamos muitos clientes que nos procuram e trazem novos compradores. O resultado positivo é graças a todo arrojo de fomento à cadeia produtiva do artesanato promovido pelo governo tendo a primeira-dama como grande incentivadora do programa”, comenta.
Já o secretário de Pequenos Negócios do Acre, Henry Nogueira, pontua que o sucesso dos artesãos na feira representa que o projeto de incentivo aos pequenos negócios tem dado muito certo. “Apostamos na valorização do artesanato e dos artesãos acreanos, ao mesmo tempo em que proporcionamos a aproximação dos produtos com os consumidores, a prova disto foi o reconhecimento dos produtos apresentados na Feira em BH”, ressaltou.