Manoel Urbano, distante pouco mais de 220 quilômetros de Rio Branco, é o quarto maior produtor de bananas do Acre. Segundo estimativas da Secretaria de Estado de Agropecuária (Seap), existem cerca de 400 mil pés plantados da fruta no município.
Além do aumento da produção, o governo do Estado, por meio de assistência técnica, tem se preocupado em garantir maior qualidade das bananas.
Para isso, técnicos da Seap e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) visitam constantemente os plantios para identificar possíveis pragas que afetam a produtividade.
Em uma visita à propriedade de Lázaro Gomes, às margens da BR-364, diversos agricultores foram orientados na identificação e combate às principais pragas que atacam as lavouras.
Entre os principais males, destacam-se a sigatoka negra. Causada por um fungo, é considerada a mais destrutiva doença que atinge os plantios.
Técnicos das duas instituições apresentaram os tratos culturais que evitam o avanço da praga e a aplicação correta dos fungicidas para o combate à doença. “Esse tipo de conversa é muito importante, porque aprendemos mais, nossa banana fica com mais qualidade e podemos vender por um preço melhor”, diz Joelson Mendes, produtor.
Michelma Lima, agrônoma da Seap, afirma que o acompanhamento é importante, para garantir uma produção de qualidade. “O que fazemos é acompanhar todas as fases de produção, inclusive o combate às pragas que podem destruir os plantios de banana.”
Banana de Manoel Urbano comercializada com Rondônia e Amazonas
A propriedade onde foi feita a conversa com os produtores é um exemplo de como a assistência técnica é importante para o aumento da produtividade. A produção já é exportada para Porto Velho (RO) e Manaus (AM), mas se os tratos culturais forem realizados é possível duplicar a produtividade. “Precisamos muito dessa assistência técnica, já que aparecem muitas doenças que não sabemos como tratar”, afirma Gomes, proprietário.
Outra preocupação é a doença identificada como Mal do Panamá, que não tem tratamento e obriga o produtor a eliminar as plantas atingidas. “Esse tipo de conversa é essencial para que os produtores tenham consciência da importância dos tratos culturais. Se forem feitos corretamente, a necessidade de usar produtos químicos se torna bem menor”, explica Alex Braga, agrônomo do Idaf.