A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Desenvolvimento da Amazônia realizou na manhã desta quinta-feira, 19, em Brasília, uma audiência pública para discutir e propor soluções efetivas para o povo do Acre, que enfrenta a maior tragédia natural de sua história. Participaram da audiência os deputados federais Raimundo Angelim, Leo de Brito e Alan Rick.
Também participaram o diretor do centro nacional de gerenciamento e riscos e desastres do Ministério da Integração Nacional, Elcio Barbosa; o general Adriano Pereira Júnior, secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Defesa; o diretor do Departamento de Financiamento e Proteção à Produção Rural da Secretaria de Agricultura Familiar (DFPP/SAF), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), João Luiz Guadagnin e Rodrigo Morais Lima Delgado, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Os deputados acreanos aproveitaram para tentar dar uma dimensão da situação que aflige as cidades acreanas nesta que foi a maior alagação da história das cidades cortadas pelo Rio Acre como Assis Brasil, Brasileia, Xapuri e Rio Branco. Só na capital a alagação afetou 53 bairros, 900 ruas, 31 mil edificações e 102 mil pessoas, obrigando o poder público a fundar 31 abrigos que receberam mais de 10 mil pessoas. Com o Rio Acre chegando à marca inédita de 18,40 metros, o prefeito Marcus Alexandre decretou calamidade pública na capital.
O deputado Raimundo Angelim fez uma intervenção reforçando o pedido de celeridade na ajuda do governo federal ao Estado e aos municípios afetados, reconhecendo a atenção já recebida. “O que mais me preocupa agora é o pós- enchente, quando as famílias voltam para suas casas e precisam reunir forças e recursos para reconstruir o que foi perdido”, conta Angelim.
Já o deputado Léo de Brito ressaltou que foi muito importante a presidente poder presenciar o difícil momento que o Acre vive, além de agradecer a ela pelas ações que já haviam sido tomadas. “A primeira delas foi o sistema de prevenção a enchentes, porque agora nós temos um sistema de monitoramento muito mais eficiente. A tragédia poderia ser muito maior. Além disso, nós tivemos mais de 10 mil casas no Acre pelo Minha Casa, Minha Vida em parceria com o governo federal. E agora há uma meta de 11 mil para os próximos quatro anos”, disse o deputado.
Os deputados ainda reforçaram o pedido já feito também pelo governador Tião Viana de linhas de crédito para o Estado, principalmente por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, também foi levantada a necessidade de mais três mil novas casas para Rio Branco e 2,1 mil casas para o interior do Estado nas cidades de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Tarauacá, para que mais famílias possam sair das áreas de risco da alagação.