No bairro Conquista, região central de Rio Branco, o soldado Assunção, do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, usa a Capoeira – expressão cultural brasileira que mistura luta, dança, cultura popular, música, esportes e artes marciais – para promover inclusão social. O militar, nascido e criado no bairro, há dez anos dedica parte do seu tempo à prática da Capoeira.
Atualmente, as aulas de capoeira são oferecidas gratuitamente na Escola Álvaro Vieira da Rocha. “Nossa luta pela reconstrução da sede social do bairro vai promover um número maior de atendimentos. Vamos manter as aulas na escola, além do resgate da Associação de Moradores que estava fechada. O Corpo de Bombeiros está ajudando, em parceria com a prefeitura, na limpeza do espaço da antiga associação”, conta Assunção.
Ele estima que cerca de mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos, já passaram pela roda de cultura ao longo desta década. O único critério para o ingresso na atividade é a matricula em uma das escolas da comunidade.
A aula para as crianças da comunidade é das 18 às 19 horas e para adultos até 20 horas. A pequena Silmara Viana Modesto, 10, disse que sempre gostou de Capoeira. “Aqui aprendi muitas coisas boas, até tocar berimbau”, observa.
“Na Capoeira criei um amor maior pelo próximo, pela arte de maneira geral e, foi pra mim meu pilar de sustentação para não enveredar na vida de crimes”, disse Renato Herculano, que há mais de nove anos pratica a arte.
Capoeira no Brasil e no mundo
A Capoeira é uma arte marcial genuinamente brasileira. Foi desenvolvida pelos escravos ainda durante o período do Brasil Império. Em 2014, foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.