A borracha é hoje a segunda atividade econômica que mais se expande no país, perdendo apenas para a cana-de-açúcar, mas o crescimento da cultura ainda não é suficiente para abastecer o mercado interno.
De olho nesse comércio o Governo do Acre tem incentivado o plantio de seringais, cerca quatro mil hectares já foram plantados. O objetivo é chegar a 10 mil hectares até 2016, e envolver aproximadamente 20 mil famílias nesta atividade. Um investimento de R$ 14 milhões.
Os Estados de São Paulo, Bahia e Espírito Santo são os que mais têm investido em seringais de plantio. Entretanto, o Brasil produz apenas um terço do que consome a Ásia ainda é a grande produtora de borracha, ocupando 95% do mercado mundial.
Acre voltará a industrializar borracha
Para enfrentar os mercados nacionais de borracha o Governo do Acre além de investir nos plantios dos seringais, constrói as margens da BR-364, distante cerca de 150 km de Rio Branco, em Sena Madureira, uma indústria de Granulado Escuro Brasileiro (GEB).
A indústria terá capacidade de produzir mil quilos/h, chegando a uma produção mensal de 176 toneladas. A tecnologia empregada será a de granulação por moagem fina, que utiliza potentes granuladores de borracha, que por sua vez conferem à borracha excelente índices de plasticidade e resistência mecânica.
Esse processo produtivo consome em média 30% a menos de energia e possui uma economia de 70% de água, o que acarreta a diminuição de aproximadamente 80% de efluentes industriais. A tecnologia está sendo utilizada atualmente pelas duas maiores produtoras de GEB do Brasil, bem como nas principais unidades fabris da África e da Ásia, onde se encontram os maiores fabricantes mundiais de GEB.
A obra civil e os equipamentos da indústria estão orçados em aproximadamente R$ 6 milhões. A inauguração será nos próximos dias.
Geração de empregos
Trabalhando em um turno, a indústria empregará cerca de 60 funcionários. Dependendo da produção, esse número pode chegar a 180, divididos em três turnos. Segundo Manoel Monteiro, superintendente da Central de Cooperativa de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), aproximadamente quatro mil extrativistas serão contratados para fornecer o látex. Todos eles serão sócios da cooperativa.
“Estamos muitos ansiosos para colocar essa indústria para funcionar, pois, além de gerar diretamente muito emprego, vai agregar mais valor ao nosso produto. Nossa borracha será mais valorizada”, comenta.