Investir no fomento de ações que ampliem a cadeia produtiva da borracha no Acre tem sido uma das metas do governo do Estado. Para isso, estão sendo plantados dez mil hectares de seringa, uma indústria de Granulado Escuro Brasileiro (GEB) está em processo de construção e os extrativistas recebem subsídio para extração de subprodutos da borracha, como látex, CVP (Cernambi Virgem Prensado) e FDL (Folha de Defumação Líquida).
Segundo informações da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), dos dez mil hectares de seringa que o governo estima plantar, já foram plantados cerca de cinco mil hectares, envolvendo duas mil famílias.
A rentabilidade é em médio prazo – daqui seis, sete anos, de acordo com o gestor adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Fábio Vaz.
“Cada família pode ter pelo menos dois hectares de seringa consorciado com a fruticultura. Se trabalhar corretamente, terá cerca de 2.400 quilos de CVP por safra. Com o valor de mercado de R$ 3,50, mais R$ 1,20 do subsídio, o extrativista poderá receber pelo menos R$ 8,8 mil por safra”, avalia Vaz.
Todo esse látex será usado na indústria de preservativos, a Natex, e também na indústria de GEB, que está sendo construída em Sena Madureira e tem capacidade de produzir mensalmente 176 toneladas do produto, empregar cerca de 180 pessoas e envolver aproximadamente quatro mil extrativistas, contratados para fornecer a matéria-prima.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Edvaldo Magalhães, com esses investimentos o Acre se reaproxima do cenário brasileiro da economia da borracha. “O governador Tião Viana conseguiu atingir, com investimentos e subsídios, toda a cadeia produtiva da borracha. Agora é questão de tempo para o Acre voltar a ser um grande produtor”, ressalta.