O Acre vem sendo referência nacional e internacional quando o tema é desenvolvimento sustentável. Com o fortalecimento das cadeias produtivas, o governo avança numa economia verde, com o plantio de frutíferas, fomento do crédito rural e apoio constante aos produtores rurais, que aos poucos se constituem membros de uma nova classe média rural que nasce no campo.
Em reunião com representantes das secretarias das áreas de produção e florestas, na Casa Civil, nesta terça-feira, 29, o governador Tião Viana tratou sobre o avanço dessas cadeias produtivas que favorecem a consolidação de uma nova economia sustentável na Amazônia.
Participaram da agenda representantes das secretarias de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Planejamento (Seplan), Infraestrutura e Obras Públicas (Seop), Comunicação (Secom), Casa Civil e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Acre (Emater).
O gestor da Seaprof, Glenilson Figueiredo, conta que na área de produção o governo contabiliza um investimento de quase R$ 70 milhões, pelo qual o Estado vem fomentando o setor rural por meio do crédito, da assistência técnica e da extensão familiar, levando a mecanização agrícola e todo o apoio para que, de maneira sustentável, haja produção com condições adequadas, garantindo qualidade de vida para os produtores.
“Há investidores nacionais e internacionais que estão apostando no Acre, nessa economia verde, que pensa no meio ambiente, trabalha as áreas degradadas, refloresta e fomenta as cadeias produtivas”, destaca Figueiredo.
Plantio de frutíferas, reflorestamento e crédito
Segundo a Seaprof, entre 2009 e 2016 foram plantadas 3.200 hectares de seringueira. O número é expressivo, e para este ano, o governo prevê plantar mais 750 hectares, que irão garantir maior rentabilidade aos produtores e extrativistas num programa que se estende de Assis Brasil a Manoel Urbano. São cerca de 1.500 famílias beneficiadas.
“A previsão até 2018 é ter plantado cerca de 10 mil hectares de seringueiras. Nunca no Acre se investiu tanto em assistência técnica e extensão rural como agora. É a consolidação de uma economia sustentável muito forte”, observou Tião Viana.
Já em relação ao açaí, o estado contabiliza um plantio de mais de dois mil hectares entre 2011 e 2016. A previsão para este ano é plantar mais 700 hectares, e até 2018 atingir mais de cinco mil hectares plantados por meio da agricultura familiar e a iniciativa privada.
O presidente da Emater, Idésio Franke, destacou que no plantio de frutíferas se tem como base o açaí, a castanha e a seringa – modelos de consórcio que ajudam a aumentar as agroindústrias e o valor agregado à produção e a gerar empregos na área rural e urbana.
“Isso gera receita e fortalece a economia acreana. A Emater entra ajudando na qualificação dos produtores por meio da elaboração de cursos, visitas técnicas, fazendo acompanhamento e ajudando para que esse processo se consolide”, explicou o gestor.